Desconhecemos
alguém que ame tanto o Crato como o Pedro Esmeraldo, membro de
tradicional família da cidade. Pelo Crato, o Pedro é capaz de
enfrentar gregos e troianos, sem nenhum temor; pelo Crato, Pedro
perde as estribeiras e topa qualquer coisa, independentemente de onde
esteja; pelo Crato, o ordeiro e passivo Pedro transmuta-se num ativo
militante político, capaz de elaborar comoventes, longos e sinceros
arrazoados, via imprensa e na defesa da cidade.
Enfim,
e já tivemos a oportunidade de verbalizar isso aqui e alhures, se a
cidade do Crato tivesse pelo menos uns dez combativos Pedro
Esmeraldo, certamente não estaria na situação de penúria que hoje
está. Pedro é um cratense não só da gema, mas da clara também.
Ou seja, um cratense completo, autentico, insuspeito, acima de
qualquer um outro (em termos de amor à terra-mãe). Se tiver igual,
desconhecemos. Verdadeiro paradigma. Exemplo para as novas gerações.
Reservou
o destino, entretanto, ao Pedro Esmeraldo, já na fase crepuscular da
vida, algo desconfortável e que certamente o deixará profundamente
abalado: nascido e criado na aprazível localidade conhecida por São
José, Pedro Esmeraldo poderá, dentro de muito pouco tempo, ter que
alterar na sua Carteira de Identidade, o local de nascimento; é que,
em tramitação no desonesto e mercantil meio político, existe um
projeto que desmembra certas áreas do Crato em favor de municípios
vizinhos; e por esse projeto, segundo comentários, a área que
abriga o São José passará a pertencer ao município de Juazeiro do
Norte. Ou seja, Pedro, que abomina a cidade vizinha, por vias
tortuosas será considerado um seu cidadão.
Quanta
maldade do destino para com esse nosso guerreiro, Pedro Esmeraldo.
2 comentários:
Caro José Nilton
Não há nenhuma razão para que haja apropriação indébita em áreas que há mais de cem anos foram do Crato. Nada mais do que simplesmente a supervalorização dos imóveis ao longo da avenida e o desejo desenfreado de expansão da área de Juazeiro, que não tendo mais para onde se expandir deseja tomar na "marra" terras que sempre pertenceram ao Crato. Barbalha, ao que parece já cedeu mais uma grande área. Esse assunto agora parece voltar a ser requentado. O liomite dos dois municipios sempre foi uma linha reta a partir da ponte ferroviária para o Distrito cratense da Santa Rosa e da referida ponte numa linha em direção à mata dos Rolins. Acomodados como são nossos conterrâneos, é bem possivel que cedam até o Grangeiro.
Prezado Carlos,
Esse "desejo desenfreado de expansão da área de Juazeiro" não é "assunto requentado". É vero, mesmo que seja "na marra". Os adeptos do charlatão Cícero Romão Batista não têm nenhum escrúpulo. Com relação à sua observação de que "é bem possível que cedam até o Grangeiro", agregaríamos: a própria Chapada do Araripe, que divide o Ceará do Pernambuco, poderá mudar de identidade.
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