Sábios, pacientes e
pragmáticos, os chineses não dão murro em ponta de faca e nem admitem marola com
coisa séria. E por serem muito criterioso em tudo o que fazem, é que atingiram
a condição de maior potencia do mundo, da atualidade. Não entram em aventuras
que venham a lhes causar problemas futuro, daí só investirem quando o retorno é
certo e onde haja a garantia de manutenção das regras por parte de um governo institucionalmente
estável. Especialmente em termos econômico-financeiros, o rigor na
“seletividade” dos parceiros é sua marca maior, beirando ao extremismo. Em assim
procedendo, o chinês não se deixa ludibriar por qualquer canto de sereia e não
desembarca em nenhum desses portos chinfrins da vida.
Por isso, e embora a desonesta
mídia brasileira haja adotado um silencio sepulcral sobre, é gratificante tomar
conhecimento, e tratar de difundir aqui e alhures, que o “pragmatismo chinês”
prevaleceu mais uma vez, porquanto, mesmo com o vendaval de denúncias e a
posterior confirmação de malfeitos perpetrados por alguns aloprados na Petrobras
(sem a participação do chefe do poder executivo), resolveram investir pesado na
empresa, concedendo-lhe um empréstimo de estratosféricos U$ 3.500.000.000,00
(três bilhões e quinhentos milhões de dólares) além de acenarem com a
perspectiva da concessão, mais adiante, de novos e portentosos investimentos.
E isso, repita-se, apesar
de toda a campanha negativista e malévola encetada contra aquela estatal e seus
funcionários por uma oposição raivosa e sectária (ainda lambendo as feridas do
inconformismo por ter perdido uma eleição que considerava certa) e difundida com
estardalhaço por uma mídia corrupta e desonesta, que também fracassou em sua
tentativa de eleger o representante da “gringarada” (o playboy do Leblon, Aécio
Neves) por essas bandas.
E os chineses fizeram tal
opção por uma razão simplória e objetiva, mas que alguns maus brasileiros
(incensados por políticos corruptos e irresponsáveis), teimam em querer manter
à sombra: é que, independentemente das dificuldades momentâneas que atravessa, a
Petrobras é, sim, uma das maiores empresas do mundo em termos de prospecção e extração
de petróleo em águas profundas (em face da sofisticada tecnologia de ponta que
desenvolveu ao longo dos anos) e que lhe permitiu descobrir as fabulosas e até
então virgens jazidas do pré-sal a 7.000 metros de profundidade e a milhares de
quilômetros de distância da costa brasileira (um feito inigualável).
Além do que, o que se
comenta entre especialistas (e os chineses devem tomado conhecimento,
evidentemente) é que hoje a Petrobras
estaria até “economizando” em investimento pelo fato de os poços do pré-sal
serem mais produtivos que o esperado. Por exemplo: num poço em que se previa
produzir 15 mil barris-dia, em média, produz, hoje, 25 mil barris a cada
24 horas. E isso, queiram ou não admitir os “eternamente do contra” (sempre de plantão)
é uma monstruosidade, em qualquer idioma, tendo em vista que no Mar do
Norte a média é 15 mil barris de petróleo por poço/dia e, no Golfo do México,
são 10 mil barris de petróleo por poço/dia. Pois bem, no campo de Lula, um
só poço produz tanto quanto um do Mar do Norte e outro do Golfo do México, SOMADOS.
E mais: alguns dos poços do pré-sal chegam a produzir, entre óleo e gás, 45 mil
barris-dia de média e na produção do poço de Libra espera-se rendimento de 50
mil barris diários.
Assim, a alvissareira perspectiva é que, como o faz hoje a pragmática
China no mundo sempre haverá alguém para “negociar-conceder” créditos a uma
empresa detentora de um capital intangível insuspeito e que literalmente se
acha fincada sobre as maiores jazidas de petróleo recentemente descobertas.
Portanto; a tendência é que depois da casa arrumada novos e potenciais
parceiros deverão aportar por essas bandas em breve.
Conclusão: mesmo ante a
ação criminosa naquela estatal de meia dúzia de bandido-engravatados (de alta periculosidade),
de par com mafiosos políticos e empresários inescrupulosos – cujo objetivo
maior sempre foi, é e será entregar o pré-sal à “gringarada” – tal não ocorrerá.
Isso porque, detentora de tantos predicados, a Petrobrás impor-se-á sobre o
vendável de falcatruas de que foi vítima – apesar da recorrente e desesperada
tentativa da “tucanalhada” de enxovalhá-la e denegri-la dia a dia.
No mais, aprendida a
lição (mesmo que de forma traumática e dolorosa), a partir de então é tratar de
blindá-la hermeticamente, visando obstar qualquer outra "investida-bandida",
principalmente da abjeta e desprezível classe política brasileira.
3 comentários:
Já estávamos sentindo falta das suas postagens.
Feliz Páscoa!
Grande abraço.
Atravessamos um momento um tanto quanto complicado. Daí o "sumiço".
Na edição de hoje da “Folha de São Paulo” o competente jornalista Jânio de Freitas RATIFICA - à sua maneira; evidentemente - aquilo que já havíamos comentado ontem na postagem "A Petrobras e o Pragmatismo Chinês" no tocante ao sucesso do pré-sal; à campanha negativa contra a Petrobras por parte de maus brasileiros e; paradoxalmente; o apoio e estímulo incondicionais por parte dos “pragmáticos” chineses. Confira abaixo.
(Obs: estamos sem a vírgula; daí o uso do ponto e vírgula)
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De olho no óleo, por Janio de Freitas - (Folha de São Paulo – 05.04.15)
A pressão para que seja retirada da Petrobras a exclusividade como operadora dos poços no pré-sal começa a aumentar e, em breve, deverá ser muito forte. Interesses estrangeiros e brasileiros convergem nesse sentido, excitados pela simultânea comprovação de êxito na exploração do pré-sal e enfraquecimento da empresa, com perda de força política e de apoio público. Mas o objetivo final da ofensiva é que a Petrobras deixe de ter participação societária (mínima de 30%) nas concessionárias dos poços por ela operados.
Como o repórter Pedro Soares já relatou na Folha, a Petrobras está extraindo muito mais do que os 15 mil barris diários por poço, previstos nos estudos de 2010. A média da produção diária é de 25 mil barris em cada um dos 17 poços nos campos Lula e Sapinhoá, na Bacia de Santos (de São Paulo ao Espírito Santos). Perto de 70% mais.
Não é à toa que, se a Petrobras perde a confiança de brasileiros, ganha a da China, que a meio da semana concedeu-lhe US$ 3,5 bilhões em empréstimo com as estimulantes condições do seu Banco de Desenvolvimento.
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