Ricardo Saraiva da Rocha e Ismênia Maia compartilharam a foto de Teka Lis.
Este é um poema que nossa amiga Francilda Costa fez para Francisco Ramiro (Miro)
LEMBRANDO MIRO
Ramiro que do pai não somente herdou o nobre nome espanhol,
...
LEMBRANDO MIRO
Ramiro que do pai não somente herdou o nobre nome espanhol,
...
mas também a sábia paciência sem reclamos
e o sorriso manso e bom de homem forte,
levando nos ombros, não importa quão frágeis fossem,
o peso invisível de um sonho inconcluso.
Não te ví pela última vez
pela razão aparente de uma chuva desatada
que o céu chorou desde a madrugada nessa triste manhã,
fechando os caminhos a me levarem onde estavas, por enquanto.
Entendo tua morte como trajetória da libertação definitiva
de um morrer devagarinho, em sofrimento atravessado com estoicismo e esperança.
Fica no entanto em mim
a sensação de viagem inacabada,
precisando de prazo maior para vencer a dor e retomar o que se tinha a fazer.
Finalmente, irmãozinho de minhas amigas, dormes em quietude plena
sem que te venham despertar procedimentos agora felizmente descartados.
Teu inimaginável despertar além desta curta vida cujo sentido tantas vezes nos escapa
dá-nos o consolo nunca entendido de que a Morte é via condutora para horizontes largos,
livrando-nos desse contorcionismo de trilhar a passagem estreita, inaprendível e difícil do ato de morrer.
Francilda Costa.
e o sorriso manso e bom de homem forte,
levando nos ombros, não importa quão frágeis fossem,
o peso invisível de um sonho inconcluso.
Não te ví pela última vez
pela razão aparente de uma chuva desatada
que o céu chorou desde a madrugada nessa triste manhã,
fechando os caminhos a me levarem onde estavas, por enquanto.
Entendo tua morte como trajetória da libertação definitiva
de um morrer devagarinho, em sofrimento atravessado com estoicismo e esperança.
Fica no entanto em mim
a sensação de viagem inacabada,
precisando de prazo maior para vencer a dor e retomar o que se tinha a fazer.
Finalmente, irmãozinho de minhas amigas, dormes em quietude plena
sem que te venham despertar procedimentos agora felizmente descartados.
Teu inimaginável despertar além desta curta vida cujo sentido tantas vezes nos escapa
dá-nos o consolo nunca entendido de que a Morte é via condutora para horizontes largos,
livrando-nos desse contorcionismo de trilhar a passagem estreita, inaprendível e difícil do ato de morrer.
Francilda Costa.
2 comentários:
Miro- irmão de amigos muito queridos: Teka,Ismênia, Zailde e Ronald.
Abraço vocês com o coração.
Socorro Moreira
Socorro, só hoje um mês depois, é que venho te agradecer por haveres postado o
poema sobre o Miro como havia te pedido. Muito grata por mais esta prova de amizade e carinho. Que Deus te abençoe. Um grande abraço da Ismênia
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