Como que de repente, a besta-fera, esse ser mítico que povoava o imaginário da nossa infância, está de volta. Agora com múltiplas cabeças, braços e pernas alongados, a colocar em risco a frágil democracia brasileira. Interesses internacionais poderosos insuflam o momento político. Nem a extinta UDN ousou chegar a tanto servilismo, quanto seus herdeiros de hoje, alinhados em grupos que representam as políticas delineadas e, quem sabe até financiadas pelo poderio bélico da grande nação imperialista do norte.
Ser derrotado numa eleição, faz parte do jogo democrático. Mas desrespeitar um resultado, com a forma virulenta que vimos nos dias de hoje, onde impera antes de tudo o ódio, não é apenas um simples desconsolo de um mocinho mimado. Mas o desejo inadiável que tem esse grupo de atender às necessidades de seus chefes supremos do hemisfério norte. E quais são esses desejos? Qualquer pessoa com o mínimo senso de entendimento será capaz de responder que em primeiro lugar está a colossal reserva de petróleo escondida sob as águas do nosso mar territorial. Em seguida a dissolução dos BRICS, a aliança dos cinco países não alinhados, do qual faz parte o Brasil, aliança essa que coloca em xeque a liderança opressiva do Banco Mundial e marcha em busca da independência total desses cinco países.
A besta-fera entra em nossos lares, destroem as famílias, a inocência das crianças, aliena nossos jovens e reduz a capacidade de discernimento dos adultos. A besta-fera, vagueia pelos ares, nos morros, nas dunas do nosso extenso litoral, na imensidão da floresta amazônica e nos mais escondidos socavões do nosso sertão. Sempre a serviço do capitalismo internacional, a besta-fera atende agora pelo nome de Rede Globo, os partidos políticos a ela pertencentes e todos os demais meios de comunicação que lhe copiam o script, e cujo objetivo principal é a tomada do poder, doa a quem doer.
É com muita apreensão que vejo as duas manifestações marcadas para os próximos dias 13 e 15 desse final de semana. Bastará um grave acidente com algum manifestante para desencadear o golpe, já de longa data orquestrado. E o que virá depois? Naturalmente a repetição de uma ópera bufa já orquestrada pela UDN há cinqüenta anos, com a imediata ocupação do vácuo de poder pelos militares, principalmente aqueles com treinamento nas academias militares do governo americano. Será uma ditadura, cujo final, muitos da minha idade não conseguirão ver. É triste, mas é a mais pura e cristalina verdade. Quem conseguir viver, verá!
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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