O
injustificado ato de terrorismo ocorrido esta semana na França, como era de se
esperar, causou impacto e revolta no mundo ocidental. A imprensa deu enorme
destaque à violência que matou 12 pessoas no primeiro momento.
Passei
40 anos da minha vida trabalhando em ambientes fechados, cercados de colegas.
Fico imaginando um episódio destes nos locais em que trabalhei, ou seja, de
repente, chegassem 3 ou 4 pessoas fortemente armadas atirando contra
funcionários desarmados, sem a menor chance de defesa.
O
que estranho é o posicionamento diferente, quase de indiferença, com relação a
atos de terrorismo igualmente covardes, também inexplicáveis.
No
último dia 16.12.2014 um míssil disparado de um drone não tripulado contra uma
escola no Afeganistão matou 141 pessoas, a maioria crianças. A quantidade de
vítimas foi 12 vezes maior do que o atentado de Paris. O pretexto para o ataque
foi a localização de um jeep pertencente a um líder talibã estacionado no pátio
da escola. A ação foi deflagrada sem a menor preocupação em preservar vidas de inocentes.
É
espantoso saber que, até fevereiro de 2013, 4.700 pessoas foram mortas dessa
maneira, segundo informação dada pelo Senador Americano Lindsey Graham. Pior
ainda o nome que a burocracia militar americana classifica as vítimas inocentes
deste terrorismo: “insetos esmagados”, evidência do pouco caso dado a vida
humana.
Assombroso
também é o fato destes ataques contarem com autorização de um homem que, por
incrível que pareça, ganhou o prêmio Nobel da paz em 2009: Barack Obama.
O
ataque na França foi alvo de protesto generalizado. A Presidente Dilma, a ABI,
OAB e até o Sport Club de Recife divulgou nota condenando o ato. Já a
carnificina das crianças afegãs, que eu saiba, recebeu críticas apenas do Papa
Francisco.
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