Sob “Xico”, a Igreja Católica tem tudo para “recambiar” algumas almas
recalcitrantes, que se transferiram de mala e cuia para as hostes evangélicas
por não mais compactuarem com desvios de toda ordem no epicentro do catolicismo
e (também) de olho grande em vantagens outras.
É que o “hermano”, até para surpresa de alguns - que o sufragaram na
briga de foice em quarto escuro, que é o que é a eleição papal - de certa forma
decepcionou-os ao assumir posições vanguardistas, abalando assim as carcomidas
estruturas do Vaticano.
Começou por repreender uma cambada de cardeais ultraconservadores (dentre
eles alguns seus eleitores), numa reunião de cúpula, chamando-os à
responsabilidade e literalmente concitando-os a acordarem da letargia e marasmo
em que se imiscuíram, atualizando-se às novas demandas de um universo cada dia
mais competitivo e dinâmico, inclusive em termos de escolha da religião e/ou
seita.
Num segundo momento, ante o reclamo de uma plêiade de jovens mulheres
italianas, que lhe pediu providências para aprovação do celibato, tendo em
vista já terem relações sexuais ocultas (e pois proibidas) com religiosos
vinculados ao próprio Vaticano, prometeu-lhes estudar com carinho o assunto,
porquanto não tratar-se de um dogma religioso, daí a perspectiva da
reivindicação ser agendada, mais à frente.
Um outro enfoque merecedor de destaque é que, assim como investiu pesado
contra o exército de padres-pedófilos que envergonharam a Igreja Católica,
recriminando-os publicamente, e incentivando sua expulsão sumária (sem choro
nem vela), agora houve por bem aconselhar os humanos a não procriarem com tanta
pressa e avidez, (refrear o sexo) porquanto atividade mais propícia a
“coelhos”.
Alfim, e ante a rasgação de seda e o circo armado pelo presidente da
França, que transformou o limão numa limonada ao reunir em Paris autoridades de
outros países para demagogicamente se posicionaram em favor da tal “liberdade
imprensa”, Xico foi por demais categórico, sucinto e objetivo, ao corajosamente
se postar contra o status quo e externar seu voto contrário, ao afirmar
textualmente que “Quanto à liberdade de expressão, todos têm direito a se
pronunciar, mas sem ofender. Há um limite, toda religião tem sua dignidade, e
não pode ser entregue à chacota. Não se pode matar em nome de Deus”.
Definitivamente, “Xico” não é Charlie.
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