Por acaso dirigia pelas estradas de Minhas Gerais e fui
parado pela Polícia Rodoviária Federal, num posto da corporação. Era perto de
São Lourenço. Ia a com mulher e as crianças. Acontece que a minha carteira
estava vencida há mais de dois meses. Naquela época a renovação era um mero
exame de vista. Fui multado e A mulher continuou a viagem com a carteira de
motorista em dia.
Esta história tem um paralelo com as explicações do
Candidato Aécio Neves ao se referir a uma questão de recusa de usar o bafômetro
numa madruga no bairro do Leblon aqui no Rio. Assim como ele eu havia me
descuidado e não me ative aos prazos da carteira. Que fica no bolso e só é
vista quando alguma autoridade pede.
Aécio Neves, por dirigir com habilitação vencida, para não
ter a viatura apreendida, pagou a um taxista para conduzir seu carro até o
prédio. Pagou multa gravíssima. Mas como era a ocasião das “noitadas” cariocas
foi solicitado a Aécio que fizesse o teste do bafômetro. O “doutor-senador” se
recusou e recebeu uma multa.
No dia seguinte deu uma nota à imprensa que relatava a
questão da carteira vencida e afirmava que o teste do bafômetro não fora realizado.
O que um cidadão comum entende? As autoridades de trânsito resolveram o
problema da carteira e não realizaram o exame. No entanto, existem duas explicações
para uma nota vaga como esta: o teste não ter sido solicitado pela autoridade
ou ter sido recusado pelo condutor do veículo. Mas Aécio joga com a
possibilidade que o cidadão entenda como a primeira hipótese.
Mas aí as autoridades do Estado do Rio esclareceram: “Aécio
Neves preferiu não fazer o teste do bafômetro.” Ou seja, recusou-se a fazer. E
recebeu outra multa em sua carteira.
Quando o governo do Rio explicou a verdade, o “malandro” deu
outra nota: “Tendo em vista que um outro motorista iria assumir a condução do
veículo, ele julgou não ser necessário a realização do teste.”
Mas viram como é o jogo dele? O tempo todo fez isso no
debate de ontem! Ele é quem fazia leis no parlamento e desconhecia o assunto?
Ele votou, como deputado neste código e desconhecia o assunto? E alguém
acredita que o agente de trânsito seria capaz de multar um Senador da República
sem explicar-lhe que a recusa era punida em lei com uma multa?
A cabeça dele é igual a um filhinho de papai. É pego fazendo
“m.” e toca disfarçar, desviar do assunto, inventar falsas explicações. E por
aí vai.
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