Patrícia Campos Mello na Coluna Ilustríssima do jornal Folha
de S. Paulo publicou uma matéria com o título: Estado mínimo, o discurso da nova
direita. O que se encontra no texto? Aqui uma forma didática de
apresentar o texto da jornalista:
Ação - Uma
tentativa de unir os fragmentos das diferentes linhas de pensamento em torno do
Estado Mínimo.
Instrumentos – instituições
de ensino, organizações privadas e partidos nascentes. Quem são: Instituto Ludwig
von Mises Brasil; Instituto Millenium, Instituto Liberal, Instituto de Formação
de Líderes, Instituto de Estudos Empresariais, Estudantes pela Liberdade
(franquia do Students for Liberty ligado ao Cato Institute financiado pelos
irmãos Koch patrocinador da direita americana), Movimento Endireita Brasil, Site
Spotniks, Partido Novo,
Ideólogos – Adam
Smith, Margaret Thatcher, Ron Paul (ex-deputado americano); Ayan Rand (russo);
Olavo de Carvalho; Carlos Alberto Montaner (exilado cubano escreveu o famoso
livro da direita latino americana: Manual do Perfeito Idiota Latino Americano),
Eduardo Gianneti da Fonseca
Ativistas destacados:
Reinaldo Azevedo (Veja), Rodrigo Constantino, (Veja), Hélio Beltrão (filho de
velho burocrata da direita), Gustavo Franco (em Banco Central FHC), Paulo
Guedes, Daniel Feffer (Grupo Suzano), Fábio Barbosa, João Roberto Marinho
(Globo), Bernardo Santoro (diretor do Instituto Liberal), Salim Mattar (dono da
Localiza), Ricardo Salles (secretário do Governador Geraldo Alckmin) , Paulo
Batista (candidato a deputado por São Paulo, PRP-SP que fez a propaganda usando
um raio privatizador).
Propaganda – trocar
assistencialismo por empreendedorismo.
O discurso de fachada
– como toda parte minoritária de um todo, é preciso que se busquem
conceitos que pareçam comuns a todos. O caso da nova direita é “LIBERDADE”. A palavra comum a todos,
engana. Quem é contra a liberdade? Ninguém! Mesmo que seja, no limite, a liberdade
de destruir o outro. Mas em seguida quando vêm os verdadeiros valores as
diferenças como minoria se revela por inteiro.
Valores do discurso
dos nossos: Ron Paul um neoliberal radical americano, do Partido
Republicano, disputou três vezes a indicação do cargo de Presidente, palestrou
para a nova direita paulista e resume sobre o único papel do Estado: “O único
papel do governo é proteger nossas liberdades.” Não explica quem são os nossos: conglomerados, grandes bancos, máfias,
o cidadão comum, o trabalhador assalariado, os desempregados, os homeless, os
sem planos de saúde, etc. (minha avaliação)
Valores do discurso
no centro: liberdade de negócios, legalização
do comércio de órgãos, fim do Bolsa Família, privatização ampla e radical e
privatização das Universidades,
O discurso
radicalizado: legalização integral das drogas, fim do Banco Central,
privatização da Polícia e da Saúde; casamento gay e outras posições que no
espectro mais radical termina por se chocar com o conservadorismo religioso e
nos costumes.
E Patrícia Campos Mello encerra a reportagem dela assim: “Enquanto o mundo debate maneiras de reduzir
a desigualdade, na esteira do best-seller do francês Thomas Picketty, “O
Capital do Século 21”, Paul Ron é taxativo: Distribuição de é sempre forçada, é
como se o governo apontasse uma arma e tirasse dinheiro de um para dar ao
outro; isso é autoritarismo”, afirmou à Folha.
Enfim este deve ser um roteiro básico do locus operandi da
nova direita brasileira. E fica claro que a matriz desta direita são os EUA e
todo tipo escuso de financiamento e estímulos como aconteceu via Embaixada
Americana às vésperas do golpe de 64. Mesmo quando se apegam ideologicamente a
escola liberal como austríaco, o filão a ser explorado são instrumentos
americanos.
Em síntese. Agora tem uma novidade. A direita não tem como
acusar a esquerda de pertencer a outro lado e ter entregue seu destino a outra
nação (União Soviética). A esquerda brasileira no máximo se orienta por
pensamentos universais, não atrelados a nenhum comando estrangeiro.
Por este vício na origina é que a direita dos EUA, Latino
Americana e Brasileira não consegue avançar além do velho discurso da guerra
fria. Os EUA, mesmo numa crise tremenda parecem uma terra onde corre o mel e o
leite.
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