Através de pesquisas pacientes e exaustivas, nos
revela o historiador cratense (da agradabilíssima Ponta da Serra) Antonio
Correia Lima, num dos blogs da Região do Cariri, duas descobertas importantes (no
campo da genealogia e religião), porquanto emblemáticas da porção charlatã e
mitômana de Cícero Romão Batista: 1) que, ele mesmo (Cícero Romão) tratou de fraudar
a própria data de nascimento, anunciado-a como se fora no dia 24 e não 23 de
março; e, 2) que, por decisão autocrática, insistiu, persistiu, fincou pé e continuou
celebrando batizados fajutos (cópias das certidões foram disponibilizadas no
blog), porquanto mesmo depois de ter as ordens suspensas pela Igreja Católica.
Ora, em sendo a certidão de nascimento o único documento
comprobatório por excelência da vinda ao mundo do ser humano, pelo menos em
termos jurídico-religiosos, uma certidão baseada em informações prestadas por
alguém inabilitado, descredenciado e desprovido de autoridade moral e institucional
para tal não teria nenhum valor oficial e, por conseqüência, legalmente aqueles
que receberam sua benção não existem.
E aí surgem dúvidas assaz pertinentes e de uma
consistência difícil de ser questionada: afinal, se a pobre coitada da Maria de
Araújo ficou conhecida como “a mulher sem túmulo” (porque deram um jeito de
“sumir” mais que depressa com os seus restos mortais, por temor que, se
exumados a posteriori eclodisse a verdade e, conseqüentemente, o tal “milagre
da hóstia” restasse implodido e desmoralizado), poderíamos rotular os cratenses
que foram batizados por Cícero Romão Batista como os “sem nome” ??? Ou será que
naquela época qualquer mortal-comum (e até prova em contrário essa era a sua
condição momentânea e que, alfim, restou definitiva) podia sair por aí distribuindo
a benção batismal a torto e a direito, à revelia da Igreja Católica ??? Mas, se
assim era, pra que firmar um documento que nada valia e pra nada servia ??? E
mais: por qual razão as instalações da Catedral da Sé foram irregularmente disponibilizadas
à homilia e demais atos de alguém não credenciado e proibido de fazê-lo, e que
buscava unicamente beneficiar-se ???
Com a palavra o pesquisador-historiador Antonio
Correia Lima.
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