Mas...afinal,
biografias devem ou não ser autorizadas ???
O
bafafá a respeito nos remete a uma entrevista concedida pelo jornalista Lira
Neto, depois que colocou no mercado, em 2009, a volumosa (e cara) biografia que
produziu enfocando Cícero Romão Batista (são mais de 500 páginas).
Pois
bem, após narrar o conceito “objetivo” da Igreja Católica a respeito (tanto que
na prática redundou na expulsão do sacerdote das suas hostes), bem como as
“subjetividades” dos fanáticos adeptos (tanto que sem nenhuma comprovação dos
pretensos milagres), aquele jornalista foi instado a pronunciar-se se
acreditava realmente na ocorrência do tal “milagre da hóstia”.
Depois
de tergiversar, gaguejar, pigarrear, Lira Neto diplomaticamente tirou o braço
da seringa ao afirmar que àquela época, lá (em Juazeiro) houvera acontecido “alguma
coisa”, mas que não poderia precisar o quê. Ou seja, até o biógrafo levanta
dúvidas a respeito da veracidade da informação que acabara de divulgar.
Sem
dúvida, uma ducha de água fria nos adeptos de Cícero Romão Batista, que
aguardavam um depoimento incisivo e contundente de sua parte, confirmando a sua
convicção a respeito, afinal não manifestada.
Assim,
o houvera acontecido “alguma coisa”, do biógrafo Lira Neto, deixa a porta
entreaberta para que livremente trafegue versões outras e mais consistentes, inclusive
e principalmente a da própria Igreja Católica, segundo a qual o tal “milagre da
hóstia” não passou de uma grotesca farsa, desbragado charlatanismo (tanto que
seu “arquiteto-idealizador” foi sumariamente desautorizado, excomungado e expulso
da instituição).
Particularmente,
entendemos que ancorados no generoso e amplo sentido embutido no conceito “liberdade
de expressão”, ninguém tem o direito de sair por aí devassando a vida de outrem,
sem prévia autorização, já que objetivando puramente fins mercantilistas.
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