Como até os
paralelepípedos segredavam de há muito entre si, a escudaria italiana Ferrari resolveu
dispensar o sofrível piloto brasileiro Felipe Massa e por uma razão que salta
à vista, de tão cristalina: absoluta falta de resultados. É só observar que enquanto
o espanhol Fernando Alonso, com carro idêntico, está sempre pontuando, e se
constitui hoje na única ameaça real ao alemão Sebastian Vetel, o nosso
representante se arrasta sofregamente pelas pistas do mundo, numa inoperância
de dá dó (e depois do grave acidente da Hungria, ano passado, o pedal mais
acionado pelo Massa passou a ser o freio, ao invés do acelerador).
Isso,
evidentemente, causou certo rebuliço junto à emissora global que retransmite a
Fórmula 1 para o Brasil, porquanto, sem a presença de um patrício entre os
contendores, a tendência é que os patrocínios para a transmissão desapareçam e,
conseqüentemente, se inviabilize a existência
da equipe automobilística no organograma global. Em outras palavras e bem
sucintamente: desemprego à vista, em larga escala.
De outra parte, pressionado
a arranjar uma escudaria que abrigue o Felipe Massa e, por tabela, o Brasil no círculo
da Formula 1 no próximo ano, seu dirigente maior, Bernie Ecclestone, num recado direto à Rede Globo, foi
incisivo e categórico:
“o maior problema
para que o Brasil tenha um piloto experiente no ano que vem está na falta de
patrocinadores. Se Felipe TROUXER PATROCINADORES tudo irá mudar e o Brasil
deverá ter piloto no grid em 2014. Um país de economia forte como o Brasil tem
totais condições de investir num piloto".
Pra quem não
havia se mancado ainda, tai a senha: a Fórmula 1 de há muito deixou de ser um
esporte competitivo, para transformar-se num rentável e milionário negócio; assim,
se arranjar patrocinador tem lugar garantido (apesar de toda mediocridade); se
não arranjar tá fora, até porque tem gente na fila esperando (os árabes estão à
espreita).
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