Recebi a notícia do falecimento de Dona Rute, e não consegui
articular, nem escrever uma só palavra. Deu aquele nó na garganta; olhos
embaçados.
Conheci esta mulher aos 11 anos, quando ingressei no São
João Bosco para fazer o curso ginasial e secundário. Foram nove anos de
convivência diária.
Ainda menina, naquela época perguntei a minha colega Walda,
o que era feminilidade. Difícil
conceituar numa só palavra... Ela sorriu, pensou, e eminentemente respondeu:
Dona Rute!
-Pela maternidade de atitudes!
Foi minha professora de Matemática, História, Metodologia do
Cálculo, Psicologia da Aprendizagem, Lógica...
Maravilhosamente didática!
Quando algo nos perturbava
era ainda nossa psicóloga, com
total disponibilidade para conversas individuais. Ela dizia-me que o meu
amadurecimento intelectual não conseguia esperar pelo amadurecimento emocional,
mas que um dia tudo se harmonizaria.
No meu diário de lembranças, uma frase, escrita por seu
próprio punho: “A vida só tem sentido quando se tem um ideal a colimar.”
Mesmo distante acompanhou-me durante minha vida, em muitos
momentos de conflito.Foi meu anjo, minha luz.
Grande educadora!
O Crato, a Educação, amigos e família lhe devem muito!
Infelizmente o destino humano é nascer, crescer e morrer.
Haverá reencontros!
Dona Rute, nosso coração bate pela senhora, agradecido e amante.
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