por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 24 de agosto de 2013

A ética da vassoura que suja a política



A política cearense está “em alta” no cenário nacional, mais recentemente, pela frenética capacidade que têm demonstrado os seus representantes de gerar escândalos. À parte o caráter jocoso, tristes demonstrações de descaso com o que deveria ser mais sagrado aos homens públicos, que é a aplicação respeitosa dos recursos que a sociedade coloca à disposição deles para que se revertem em algo que a ela volte de maneira útil. Coletivamente útil. São absurdos, impossíveis de qualquer explicação que os justifique, os números da licitação para compra de materiais de limpeza sob questionamento na Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte.

A sequência recente de episódios no Ceará frustra a expectativa de que a política seria positivamente afetada pelos eventos registrados a partir de junho, com o povo indo às ruas de uma maneira que raras vezes o País houvera visto até então. Há mudanças, e seria impossível que tudo permanecesse absolutamente como antes diante da força avassaladora do que aconteceu, além dos desdobramentos que aqui e ali ainda repicam, mas elas ainda parecem muito distantes de encaminhar para o ideal de realidade que se busca.

É simbólico que este caso mais recente envolva uma extravagante compra de material de limpeza. Talvez se possa utilizar a ideia embutida na operação para reforçar a necessidade urgente de uma assepsia na política, que mantém firme sua capacidade de causar vergonha e indignação.
Guálter George - Diretor Executivo de Conjuntura, do O POVO

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