Já afirmamos aqui, mais
de uma vez, que no nosso entendimento a política é, hoje, uma atividade pra lá
de rentável, um meio de vida difícil de ser igualado. Aliás, tem muito nêgo que
abdicou de exercer a profissão para a qual batalhou 4, 5, 6 anos numa faculdade
e com a qual o pai tanto sonhou, pra dedicar-se “full time” à atividade política.
Partindo de tal pressuposto não é difícil constatar que o empregão de
“político” que se espraia pela família Ferreira Gomes (Ciro, Cid, Ivo, Patrícia
e por aí vai) tem como mentor (ou padrinho) o irmão mais velho e chefe do clã,
Ciro Gomes (que, paradoxalmente, hoje se acha desempregado, mas porque o povo
assim o quis). Todos os familiares, pois, lhe devem obediência e gratidão.
Mas como na política
impera a hipocrisia (em estado latente), eis que Ciro Gomes, de passagem por
sua aristocrática Sobral, soltou a seguinte pérola (da boca pra fora), em
relação às eleições de Fortaleza: “Sou LIDERADO
do governador Cid Gomes com muito prazer, mas, se
depender de mim, não haverá acordo para apoiar o nome que comanda a educação da
cidade, que se encontra em penúltimo lugar no Ceará”.
Com ironia e sarcasmo,
tratou de transferir alguns das suas “qualidades” (arrogância e prepotência)
para a atual inimiga pública número um, a prefeita de Fortaleza, Luizianne
Lins, ao disparar: “O povo de Fortaleza está sendo
tratado como bicho. Fortaleza está em uma encruzilhada e nós temos a obrigação
moral de buscar uma alternativa. A prefeita, em sua arrogância e a prepotência,
se tornando um coronel de saia, parece que quer realmente eleger um poste sem
luz” (aqui pra nós, como referido senhor se acha no direito de falar em “moralidade”,
se conseguiu do irmão Governador ser nomeado “consultor” do PSB, percebendo uma
razoável remuneração mensal ???).
Fato é
que, mui provavelmente em obediência ao irmão mais velho, o Cid Gomes
(Governador do Estado) teria cruzado o Atlântico rumo a Portugal com a missão
de tentar sensibilizar o sempre “ausente” ex-Deputado Federal, Moroni Torgan (ouro
espertalhão, que só aparece por aqui em tempo de eleição, e que durante o
exercício do mandato nunca fez nada pelo Estado) para se engajar na campanha do
PSB (provavelmente como vice de um dos queridinhos dos Ferreira Gomes: Ferrúcio
Feitoza ou Camilo Santana).
Afinal, as
“oropa” é bem ali.
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