Quando te vejo, Rogerio és minha infância
Que vem de longe e me faz lembrar
Das nuvens brancas como carneirinhos
E tuas pipas entre elas pelo ar
Presas por um fio que só tu sabias guiar.
Tu eras meu herói criança,
Tudo sabias sem precisar perguntar.
Gostavas da rua e eu tinha medo
Da liberdade que ias buscar.
Lembro-me do som da pesada corrente
Que o portão trancava e vagarosamente
Tu desenrolavas para voar.
Voaste tanto, voaste pela vida,
Voaste nos amores e nas paixões.
Voaste tão alto como as pipas
Que sempre tão feliz soltavas
E sempre carregaste no coração.
Ignês Olivieri
Um comentário:
"Voastes no amor e nas paixões..." A prerrogativa de quem voa é aterrisar no Nirvana.
Pode ser numa nuvem
Numa planície
No mar dos enganos
Mas a vontade de encontrar nos faz voar para reencontrar.
As pipas, hoje são estrelas cadentes
Um portão ainda range...
Um homem adentra no seu recanto- repouso do guerreiro
Agora só a paz pode preencher, numa permanência definitiva...
Mas, o que é definitivo, amiga?
Elos familiares , elos da alma!
Neste ponto da vida, valeu te conhecer...
- Mana do peito de Rogério!
Postar um comentário