por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 7 de abril de 2012

A religião e a cultura do sofrer - José do Vale Pinheiro Feitosa

De tudo se reduzir ao sacrifício. À mutilação do mais sacro da vida que é o corpo. De ampliar-se os eventos do calvário a ponto de esconder a grande mensagem do Cristo: paz, amor, irmandade. De tanto prometer o sofrimento na terra como forma de conformismo aos privilégios dos que pouco sofrem, por vezes o tédio da abundância, a vida se torna um acidente da própria cena do sofrimento vulgarizado.

Neste fim de semana um ator de uma encenação da Paixão de Cristo em São Paulo, está em coma ou já morreu num unidade de tratamento intensivo. O Ator se enforcou acidentalmente numa cena que representava a expiação da traição de Judas.

Em tudo por tudo: a malhação do Judas é mais humana, até por que podemos malhar atos e personagens que representam a traição do povo.

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