De tudo se reduzir ao sacrifício. À mutilação do mais sacro da vida que é o corpo. De ampliar-se os eventos do calvário a ponto de esconder a grande mensagem do Cristo: paz, amor, irmandade. De tanto prometer o sofrimento na terra como forma de conformismo aos privilégios dos que pouco sofrem, por vezes o tédio da abundância, a vida se torna um acidente da própria cena do sofrimento vulgarizado.
Neste fim de semana um ator de uma encenação da Paixão de Cristo em São Paulo, está em coma ou já morreu num unidade de tratamento intensivo. O Ator se enforcou acidentalmente numa cena que representava a expiação da traição de Judas.
Em tudo por tudo: a malhação do Judas é mais humana, até por que podemos malhar atos e personagens que representam a traição do povo.
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