O CARDEAL
Acordo o dia e a
vida com a cor
do meu canto. O
vermelho contra o branco.
Sofro a dor de
existir com a garganta
por um fio. Um
espinho sangra a flor.
A manhã azul
toda se ilumina.
O
galo-da-campina numa orquestra
de pássaros. A
música da luz.
No peito chama,
clama e açoita a dor.
Amor e dor
fulgindo na coroa
da beleza. Eis a
vida em plenitude.
O vento me
levou, resisti quanto
pude. Nada
podemos, quase nada.
O rubro, o
branco, o negro conjugados
são a cor da beleza,
o brilho e a sombra.
Nós levamos da
vida o que vivemos
na nossa luta
contra a morte em flor.
Um comentário:
Sem explicação.
Beleza pura!
Obrigada Brandão!
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