Nas primeiras décadas do século
XX um fotógrafo de Fortaleza percorria o interior cearense tirando fotos das
famílias mais abastadas. Fotografar hoje
em dia é comum, a tecnologia permitiu
não só baratear os equipamentos como simplificar o processo. Naquele tempo era diferente. As máquinas eram grandes, pesadas, de curto
alcance e baixa velocidade. Qualquer
movimento na hora do clique prejudicava a gravação da imagem. As fotos a que me refiro exigia grande
operação logística. Começava com um “vendedor” visitando as famílias munido de
“mostruário” e convencendo cada patriarca contratar o serviço que, diga-se de
passagem, não era barato. Contrato
ajustado, semanas depois chegava a equipe formada por, no mínimo, três
pessoas: o fotógrafo, o assistente e o
auxiliar. A preparação durava dias. Mandavam fazer roupas novas, a casa era
pintada, sala retocada, móveis eram envernizados, etc . Organizava-se tudo e
ficavam todos de prontidão aguardando a melhor posição do sol por conta da
luminosidade. A sessão de fotos durava horas. Era repetida muitas vezes para
escolha de chapa sem defeito. Havia um costume curioso. Quando um filho da
família estava ausente era substituído por um sobrinho. Nesta foto, o garoto da
direita ocupa o lugar do primo.
Deste grupo fotografado não há
sobreviventes, mas filhos, numerosos netos e bisnetos moram no Crato. Registrando que a foto é de 1915 ou 1916,
fica o desafio: quem identifica o grupo?
Agradecimento
a prima Glória Pinheiro Ordonez, que me enviou a foto.
2 comentários:
Pensei que vc já tinha nos esquecido com textos, história e fotos-. relíquias.
Beleza!
Abs
Pensei que vc já tinha nos esquecido com textos, história e fotos-. relíquias.
Beleza!
Abs
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