No dia 26 de fevereiro de 1919, nasceu, no bairro do Brás, em São Paulo, Isaura Garcia, que ficou conhecida, artisticamente, como a cantora ISAURINHA GARCIA.
Ela foi uma das poucas artistas que, em sua época, fizeram sucesso em todo o Brasil, sem nunca deixar sua cidade natal. Naquele tempo, artistas vinham morar no Rio de Janeiro, então Capital da República, para se tornarem conhecidos em todo o país. Isaurinha Garcia jamais residiu fora de São Paulo.
Isaurinha começou sua carreira na Rádio Record em 1941. Tornou-se conhecida através do rádio e, já no mesmo ano, gravou, na Colúmbia: “Chega de Tanto Amor" (Mário Lago), "Pode Ser” (Ataúlfo Alves) e "Eu Não Sou Pano de Prato", de Roberto Martins e Mário Lago, música esta que lhe "abriu as portas" para o sucesso e a tornou conhecida aqui no Rio de Janeiro.
Em 1941 lançou "Teleco Teco", ainda na Colúmbia.
No ano seguinte passou à gravadora RCA Victor, quando firmou seu nome gravando "Quem Paga o Pato Sou Eu"; "Duas Mulheres e um Homem" (esta foi uma resposta aos sambas "Amigo Leal" e "Amigo Infiel", gravados por Orlando Silva).
Regravou, de Noel Rosa, "Último Desejo" e "Século do Progresso" (1946).
Neste mesmo ano, lançou seu maior sucesso a música de Aldo Cabral e Cícero Nunes: "Mensagem".
Esta composição recebeu inúmeras regravações, mas foi Isaurinha Garcia a primeira a espalhá-la por todo o Brasil, assim:
"Quando o carteiro chegou,
E meu nome chamou,
Com uma carta na mão...
Ante franqueza tão rude,
Não sei como pude
Chegar ao portão..."
Marcou, ainda depois, outros grandes sucessos:"De Conversa em Conversa" e "O Sorriso do Paulinho".
Quando vinha ao Rio apresentava-se no então famoso programa César de Alencar, que "abriu as portas" para muitos cantores que se tornaram famosos.
Foi eleita a primeira e única "Rainha do Rádio Paulista", sem ninguém para sucedê-la.
Faleceu em 30 de julho de 1993.
10 anos depois, em 2003, foi homenageada com um espetáculo de nome "Isaurinha-a Personalíssima", estrelado por Rosa Maria Murtinho.
Norma
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