Os urubus planam sobre o Ibirapuera, vão
e vêm com o vácuo do vento, depois pousam nas árvores altas
e à beira do lago à cata de peixes mortos, ovos e filhotes
de aves aquáticas.
Aterrorizam os moradores dos prédios próximos, pousam
nas sacadas e ali botam os seus ovos: os homens não os
amedrontam, tornaram-se familiares, de uma intimidade
de cama e mesa.
Os homens, esses, têm medo e não sabem como conviver com
os novos irmãos, agradá-los com a poesia do dia a dia
e aprender com eles a lição do vácuo, que é quando a vida
como o voo
é mais leve, tem mais equilíbrio e com mais graça se sustenta.
2 comentários:
Sua poesia faz a maior falta.
Grande presença!
Abraços
Abraço Brandão!!
Poeta maior!
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