São duas canções que tratam profundamente de um momento histórico do Brasil. Ainda com as franjas do campo, o bucólico da pequenas cidades. Quando a superfície da terra era medida no passo das pessoas e dos animais. Quando se apartar era definitivo. E mesmo assim este momento que vivemos foi montando sobre esta grande jornada do campo para as cidades. Quem perceber a dimensão disso, certamente tem o poder de dominar os tempos atuais.
O Azulão foi uma poesia de Manoel Bandeira musicada por três grandes músicos, entre os quais Radamés Gnatalli e Camargo Guarnieri. A que fez mais sucesso foi a de Jayme Ovalle, composição curtaa, tão curta quanto o poema, mas de uma linha melódica muito sofisticada. É referência de cântico em todo o mundo. A primeira vez que a ouvi foi como trilha sonora em filme de Humberto Mauro. Depois no belíssimo filme de Walter Lima Jr. "Inocência".
Adeus Guacyra
Composição: Joraci Camargo e Hekel Tavares
Adeus Guacyra,
Meu pedacinho de terra
Meu pé de serra,
Que nem Deus sabe onde está.
Adeus Guacyra
Onde a lua pequenina
Não encontra na colina
Nem um lago prá se oiá
Eu vou embora
Mas eu volto outro dia
Virgem Maria, tudo há de permitir
E se ela não quiser
Eu vou morrer cheio de fé
Pensando em ti
Azulão
Composição de Jayme Ovalle e Poesia de Manoel Bandeira
Vai, Azulão, Azulão
Companheiro, vai
Vai ver minha ingrata
Diz que sem ela o sertão
Não é mais sertão
Ai, voa Azulão
Vai contar, companheiro, vai
Nenhum comentário:
Postar um comentário