por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Duas canções brasileiras notáveis - por José do Vale PInheiro Feitosa

São duas canções que tratam profundamente de um momento histórico do Brasil. Ainda com as franjas do campo, o bucólico da pequenas cidades. Quando a superfície da terra era medida no passo das pessoas e dos animais. Quando se apartar era definitivo. E mesmo assim este momento que vivemos foi montando sobre esta grande jornada do campo para as cidades. Quem perceber a dimensão disso, certamente tem o poder de dominar os tempos atuais.

O Azulão foi uma poesia de Manoel Bandeira musicada por três grandes músicos, entre os quais Radamés Gnatalli e Camargo Guarnieri. A que fez mais sucesso foi a de Jayme Ovalle, composição curtaa, tão curta quanto o poema, mas de uma linha melódica muito sofisticada. É referência de cântico em todo o mundo. A primeira vez que a ouvi foi como trilha sonora em filme de Humberto Mauro. Depois no belíssimo filme de Walter Lima Jr. "Inocência".


Adeus Guacyra


Composição: Joraci Camargo e Hekel Tavares

Adeus Guacyra,
Meu pedacinho de terra
Meu pé de serra,
Que nem Deus sabe onde está.

Adeus Guacyra
Onde a lua pequenina
Não encontra na colina
Nem um lago prá se oiá

Eu vou embora
Mas eu volto outro dia
Virgem Maria, tudo há de permitir
E se ela não quiser
Eu vou morrer cheio de fé
Pensando em ti


Azulão

Composição de Jayme Ovalle e Poesia de Manoel Bandeira

Vai, Azulão, Azulão
Companheiro, vai
Vai ver minha ingrata
Diz que sem ela o sertão
Não é mais sertão
Ai, voa Azulão
Vai contar, companheiro, vai

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