Tenho uma ponta de orgulho por
ter sido o primeiro cliente de Dr. Tarcísio Pierre no seu consultório no Crato.
As instalações foram inauguradas à noite e de madrugada fui acometido por crise
de amídalas, com febre alta, tosse, etc. Amanheci o dia com minha mãe na porta
do consultório. À primeira consulta se
seguiram muitas, só reduzidas após as cirurgias de garganta e adenoide, pouco
tempo depois.
Dr.
Pierre, tão bom amigo quanto bom médico, entrou na família Arraes/Alencar pelo
casamento com a prima Iaci, e por esta razão vai com frequência na casa da
minha mãe. Uma dessas visitas coincidiu com minha estadia no Crato. Na conversa
foi mencionado Dr. Nélson Falcão, primeiro professor da cadeira de anestesia em
Pernambuco. Ensinou o “ofício” a quase todos os anestesistas formados em
Pernambuco nas décadas de 50 a 70. O Dr. Nélson trabalhava a semana inteira nos
hospitais, mas tinha como hobby a pecuária. Nos finais de semana trabalhava na
fazenda que possuía em Carpina.
De
volta ao Recife, levei meu neto de 1 ano e meio para brincar na pista de
cooper, quando se aproximou um senhor de idade avançada e perguntou se era
filho ou neto. Neto, respondi. Deu-me um conselho: “faça tudo que você quiser
agora, pois quando passar dos 90 anos só vai fazer o que eles quiserem”.
Perguntou o que eu fazia, onde morava, etc. Devolvi as perguntas e a surpresa
foi grande quando ouvi o nome e a profissão dele: Nélson Falcão, médico
anestesista. Como estava com a máquina para registrar a presença do neto, pedi
para fotografá-lo. Expliquei que era para mandar para um ex-aluno, médico no
Crato. Comentou bem humorado: “você quer é provar que ainda estou vivo”. Em
tempo, Dr. Nélson está com 95 anos e diariamente caminha na Pista de Cooper da
Av. Beira Rio, no bairro da Torre, em Recife.
Um comentário:
Eita, memória prodigiosa!
Eita, leitura prazeirosa!
grande abraço
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