por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 1 de julho de 2011

VIOLETA CAVALCANTI - por Norma Hauer


Ela nasceu em 1° de julho de 1923 em Manaus, Amazonas, vindo para o Rio, com sua família, aos dez anos.

Aqui freqüentou a Escola Paraná, em Madureira, sendo convocada por Villaa Lobos para cantar no coral organizado por ele, integrado por crianças das escolas públicas do Rio de Janeiro
. Apresentou-se no Teatro Municipal com o coral das escolas públicas como solista no "Canto do Pajé", música muito apresentada nas escola públicas nos anos 30 e 40, sendo sempre apresentada nas festividades realizadas no campo do Vasco da Gama, no tempo de Getúlio Vargas,

Em 1940, com apenas 14 anos, participou do programa de calouros de Ary Barroso onde se apresentou cantando "O samba e o tango", um sucesso de Carmen Miranda, cantora de quem era fã. A interpretação impecável, sem imitar Carmen Miranda, lhe garantiu o primeiro prêmio nessa apresentação, sendo que Ari Barroso desconfiou que ela já era uma profissional, quando não passava de uma menina cantando no rádio pela primeira vez.

Trabalhou nas Rádios Tupi, Educadora e Ipanema, onde assinou seu primeiro contrato, consagrando-se principalmente pela interpretação original de "Camisa listrada", outro sucesso de Carmen, de autoria de Assis Valente.

Gravou o primeiro disco em 1940, com as marchas "Vou sair de Pai João", de J. Cascata e Leonel Azevedo e "Pulo do gato", de J. Cascata e Correia da Silva,
Em 1941, assinou contrato com a Rádio Nacional onde permaneceu por 16 anos.
Em 1942, gravou o frevo canção "O coelho sai", de Nelson Ferreira e Ziul Matos e a valsa frevo "Vovô, vovó, eu e você", de Nelson Ferreira.
Daí para diante fez bastante sucesso gravando , principalmente, sambas e marchas.
Em 1957 casou-se e abandonou a carreira, voltando à atividade 20 anosa depois, em 1977, fazendo parte do “show” “Seis e Meia”, no Teatro João Caetano, convidada por Albino Pinheiro

Em 1988 , ao lado de Nora Rei, Rosita Gonzáles, Zezé Gonzaga,Camélia Alves Ellen de Lima e Ademilde Fonseca formou o grupo “Cantoras do Rádio” .
O conjunto que se apresentava com esse nome (As “Cantoras do Rádio”) tomou parte em espetáculos em vários teatros aqui no Rio e em outros estados.

“Nós somos as cantoras do rádio,
Levamos a vida a cantar
De noite, embalamos teu sono
De manhã nós vamos te acordar...”

Com as mortes de Nora Nei e Rosita Gonzáles e o afastamento de Zezé Gonzaga, também já falecida, o conjunto continuou se apresentando esporadicamente, e em 2001, com o ingresso de Carminha Mascarenhas as “Cantoras do Rádio “, com roteiro de Ricardo Cravo Albin, apresentou o espetáculo “Estão Voltando as Flores”, no Teatro-Café Arena, de Copacabana..

Hoje, Violeta Cavalcanti, completando 88 anos, está afastada do meio artístico, recolhida por motivo de doença.
Cumprimentando-a por seu aniversário, fazemos votos pelo seu restabelecimento. 

Norma

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