ouvindo adriana calcanhoto
quando você cantou
sombra e sol de sua voz
invasão dessa sala-cela
sua voz acima do suave
nas entranhas da noite
secando ameaças
mentiras
noite grávida de pedras
para a cara
de quem acorda desarmado
olhos de morango
aguardando esquinas pontiagudas
quando você cantou
havia em sua voz coisas
cuja perda se lamenta
o que perdido é para sempre
sua voz por dentro dos ossos
desses anos de ferrugem
cortando com mel e um pouco mais...
2 comentários:
Que poema lindo, menino!
É letra de música, sabia?
- E da maior qualidade !
Abraços
Um abraço, Socorro. Um abraço.
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