Crato molhado
Azul nublado
Coração nostálgico
Procurei a farda,
Livros,cadernos,
Sombrinha e capa
Viajei pelas ruas
Até uma sala de aula
Tempos úmidos
Dias compridos
-Todo mundo jovem e vivo!
Fogareiro aceso
Carne na brasa
Baião enxuto, moreno
Quartos contínuos
Rádio ligado
Barulho de vassouras
Brilhante alumínio
Gemada
Cacho de banana prata
Terço em família
Vestido branco
Mês de maio –
- o mais comprido!
Emocionada
Vejo fotos do passado
Álbum das lembranças
Nós, aquelas crianças...
Hoje
com artrose e veias quebradas
Procurei “O diário de Ana Maria”
Na falta do próprio.
Fugiu das livrarias
Como fugiram as fotonovelas
Da Tipografia Cariri.
Quadra de futsal
Quarta e sábado
Nas noites de chuva ou estio.
Fardas na praça
Pingo do meio-dia
Patamar da igreja
- Passarela dos tímidos
Ficou feia a minha cidade
Envelheceu comigo ou
morreu com os amigos?
3 comentários:
Socorro,
Viajei com você. Lendo sua poesia
revivi tempos idos.Parabéns!
Muitos bjos: Lidu.
Eita! tá bonito demais!
Também vesti minha farda e fui para o Grupo escolar, chovia e calçei as "galochas".
Gente, alguém ainda usa galochas? ainda existe galocha?
Socorro, adorei o detalhe das galochas.
Gargalhadas. As galochas evitavam que gastássemos os nossos sapatinhos engraxados, na primeira poça de lama.
Elas eram necessárias, sim!
Hj foram substituídas pelos chinelos de borracha, tênis...
A gente é do tempo do sapato fanabor...Pode?
Eram de pano, brancos, e limpos com alvejantes, tipo: leite! kkkkkkkkkkkkkkkk
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