Que no primeiro tremor dos cílios,
Assim que os ruídos vierem do exterior,
E as luzes já forem deste mundo,
Eu queria ser como o Domingos Barroso.
Acordado,
E declarando ao mundo que nada tenho,
Nem posses, troços, paredes e telhados.
O teu sorriso não é meu,
Este colorau do teu coração também,
Nem a placenta da minha embriogênese.
Sabe aqueles minutos de loteria,
Que pingam chances remotas,
Estão no cesto da posse pública.
Pois como dizia,
Eu queria ser como Domingos Barroso,
Dizendo-me desprovido de posses.
Só para poder falar de tudo,
Do silêncio e segredo do relicário,
Do vazio que nem mundo o é.
Nem experiências para descobrir o Big-Bang.
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