Foi no dia 25 de abril de 1910 que nasceu, aqui no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras, o pianista, compositor e ator CUSTÓDIO MESQUITA
Custódio Mesquita foi um seresteiro diferente: ele levava o piano para fazer serestas em plenas ruas do bairo em que nasceu e viveu toda sua vida.
Custódio foi compositor, escreveu peças para teatros, atuou no cinema; era um galã diferente. Na época em que os homens cortavam o cabelo a la Príncipe Danilo, Custódio ostentava uma cabeleira bem tratada, bonita, que lhe dava os ares de galã hollywoodiano.
Criando trabalhos para teatro, conheceu o também autor e compositor Mário Lago, fazendo logo dupla com ele. Foi quando ambos compuserem um dos grandes sucessos de Orlando Silva :"Nada Além". Na outra face do disco de 78 rotações foi gravada outra composição da dupla: "Enquanto Houver Saudades".
Teve uma época em que gostava de lembrar tempos de criança e, com Sady Cabral, compôs: "Velho Realejo"; "O Pião"e "Bonequinha" além de "Mulher", gravada por Sílvio Caldas e hoje regravada por inúmeros cantores
Depois de Sady Cabral fez dupla com Evaldo Rui, com quem compõs "Algodão";"Como os Rios Correm pro Mar";"Serenata do Meu Subúrbio"; "Feitiçaria", todas gravadas por Sílvio Caldas, além de "Rosa de Maio" e Gira...Gira...Gira..." gravação de Carlos Gaçlhardo.
Custódio Mesquita faleceu em 13 de março de 1945, sem completar 35 anos.
Lembro-me dessa data e, na ocasião, mandei um comentário para a revista "A Cena Muda", lembrando quem foi Custódio Mesquita e terminando com os versos:
"A caixinha já não existe mais,
Só ficou a saudade de seu tra-lá-lá..."
de sua composição "Caixinha de Música", uma das poucas que ele compôs sem parceiro.
Norma
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