...era sempre razoável supor
que as cartas de tarô de Zilcarina
manifestavam a existência da cor
transparente de uma vida uterina
de certeza e graça passageira
de um tal processo de queira ou não queira
sempre assuntando o destino mutável...
De Zilcarina ficou o gracejo
Sim, de partir silenciosamente...
"A roda da vida se completou
Não queira de volta o que não mais pulsa
O novo trará o tempo perdido
Com as pessoas que um dia te sugou"
Zilcarina era a menina dos olhos
Que enchergava a maldade dos cordeiros
da vileza imanente da vida
fuxico do retalho dos olheiros
expressado nas frestas das portas...
"Jamais queira de volta o sofrimento
Basta um erro para aprender a lição"
Ela morava na Pedra Lavrada
Ela era a bruxa que eu mais amava
Ela era a fonte da dor dissipada
Ela era a rima que jamais rimava
Ela era o sonho pra quem não sonhava
Ela se foi com o vento que soprava
Ela era a fé que se elevava!
Ulicis
Um comentário:
Queria muito tê-la conhecido!
Um grande resgate, Ulisses !
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