Meu primeiro e único contato com o Patativa do Assaré foi no Iguatu. Ainda menino, ele me pediu para que eu comprasse uma fanta laranja. Naquela momento eu não tinha noção de sua grandeza. Ouvindo o documentário feito por Bola Bantim abaixo me veio a inspiração de escrever alguns versos para um homem que poderia ser a redenção de nosso sertão se fosse lido e apreciado na sua inteireza ética e poética. Gostaria de dedicar estes versos que escrevi para Pativa do Assaré a uma das poetisas que eu mais admiro no Crato: Bastinha Job.
I
Um dia na vida
Sentindo saudade
Da minha cidade
Que um dia deixei
Fui ler Patativa
Poeta que ativa
O canto da mata
Que fez dele um rei
II
Poeta divino
Tu cantas do alto
E num sobressalto
Um sonho firmou
A tua grandeza
É a tua pureza
Tu olhas pra baixo
Pois já se elevou
III
Com a tua partida
Pra outro roçado
Um verso alado
São Pedro ouviu
E sem mais demora
As portas se abriram
E os anjos sorriram
Com a imagem que viu
Um comentário:
A linda canção guerreira
pentassílabo, cada verso
encerra o universo
de quem, numa vida inteira
levantou uma bandeira
de liberdade inteirinha
versou, rimou cada linha
e ULISSES registrou
"Patativana" eu sou
Muito obrigada, Bastinha
Bastinha Job
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