sobre a pedra lavrada
passava o rio
lavando as coxas
das mulheres
das meninas
e as roupas encardidas
as mulheres espantavam
o medo
as angústias
no ritmo cadenciado
das cantigas saídas
de peitos arfantes
e cheios de leite
gritos de guerra
e de assombro
no meio do dia
quando descia o silêncio
se ouviam lamentos
das roupas
entoando
canções
lavradas
sobre a pedra.
2 comentários:
Perfeito!
Tocou-me. Vivi a meninice na Pedra Lavrada.
Beijo, Telma.
Telma Brilhante,
Interessante, fiz uma viagem nessa história.
Lindo poema cratense. Parabéns mil vezes.
Abraços da terra: Liduina.
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