não dou nomes aos bois
sentimentos sem batismo
sem registro
eles se transformam
por qualquer motivo
vestem máscaras
são volúveis
sou movida por eles
implico com a calma de alguns
evoco a serenidade de outros
e xingo
os que me tornam comum
não sei guardar segredo
do que sinto
sei ficar indiferente
mudar de intenção
ocupar atenções
catar o novo
que renova em qualidade
o que me deixou na mão
intransponível distância
entre a Terra e o Céu
sem o teu endereço
não alcanço o teu segredo
distância
entre o que desejo
e o que posso ter
o ser é mais próximo
o ter é mais árduo
distância
entre o amor e a paixão
entre o certo e o carecido
distância incalculável
entre a vida e a morte
entre o teu pensamento
e o meu
entre a tua vida e a minha
proximidade absoluta
entre a vontade de viver
e a paz de ser feliz
distância imponderável
- conseguir!
3 comentários:
Valeu Socorro!
Filosofando e poetisando... Né? Seu olhar está meigo e tranquilo nesta foto.
Menina tu "tá bunita!"
Xêro.
Eita! que tás é bonita, menina!
E o poema?
Tudo lindo!
Lindo! Linda!
Bjus!
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