Ainda menino, no sítio Altos,
me apaixonava a cada ano pelas lindas,
encantadoras meninas que adornavam os calendários.
Encantos
muito além daquela serra que azulava no horizonte.
Eram aparições.
Não via seus pés, mas deviam tê-los,
delicados como os sapatinhos de Alice,
e se já fossem mulheres e não lindas meninas,
seriam decerto belas como as três mulheres do sabonete Araxá.
Perdido em dobras de antigos calendários,
não te reconheci.
E tu me apareceste.
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