19878.
A praia estava bem ali,mas pesado era o caminho.Dunas, dunas, dunas, num céu aberto. Enfim o lugarejo de pescadores.Sem tv, luz elétrica , tudo funcionando no primitivo. Gostava do abrigo do Seu Adolfo, e da sua filha Babuda. Nós e todos, bem dispostos : tapioca, café, peixe e radiola ( pra balançar o corpo).
A noite parecia curta. Luarada numa ermida branca, sempre de portas fechadas. Um violão soltava seus acordes, e a gente cantava Caetano. Depois a procissão em busca da dormida, nas casas de taipas. Redes e esteiras no chão... Que importava ?
Sono profundo, no inusitado. Chegávamos a nos infectar de simplicidade e ser nativo como aqules pescadores ,aqueles porcos e galinhas, aquelas meninas cheirando mar.
Ainda escuto a cantiga de uma canoa quebrada, no mar adentro.Vento sibilante, “ me traz notícias de lá”...
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