por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 21 de agosto de 2025

 

O "RELATÓRIO DEMOLIDOR" DA POLÍCIA FEDERAL

O relatório da Polícia Federal é devastador: Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo foram indiciados, e as entranhas da trama golpista vieram à luz. Conversas deletadas, planos de fuga, chantagem ao STF, pedido de asilo a Milei, articulações com Trump para trocar tarifaço por anistia, conspiração para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. Tudo guardado no celular do “mito”. 

O que emerge não é apenas crime: é uma organização criminosa transnacional, com tentáculos em Washington e Buenos Aires, tentando dobrar a democracia brasileira. 

E tem mais: Silas Malafaia, o “homem de Deus” que aconselhava pai e filho sobre como enfraquecer o STF, foi pego no Galeão com o celular apreendido. Não é milagre, é obstrução de justiça. 

Há indícios robustos de coação no curso do processo, obstrução de investigação e conspiração contra o Estado democrático de direito.

Regimes autoritários não nascem do nada; eles florescem quando líderes sem escrúpulos corroem as instituições de dentro para fora. 

O “capitão” guardava no celular uma minuta de asilo a Milei (presidente da Argentina) e um plano de assassinato de autoridades. Isso não é patriotismo, é traição. E agora, que venha o choro - porque a máscara caiu, e a farsa está documentada, timbrada e assinada pelo próprio. 

E você, ainda vai chamar isso de perseguição política ou já entendeu que o bolsonarismo é uma ameaça existencial à democracia? 

CONCLUSÃO ÓBVIA: 

PRISÃO PREVENTIVA PARA O MELIANTE BOLSONARO, JÁ. OU SÓ VÃO PENSAR EM TOMAR ALGUMA PROVIDÊNCIA DEPOIS QUE ELE “SE MANDAR” ??? CADEIA PRA ELE, PARA O FILHO E PARA O FARSANTE SILAS MALAFAIA É O QUE SE IMPÕE.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

 QUEM AVISA...AMIGO É – José Nílton Mariano Saraiva

Muito embora saibamos que a tornozeleira eletrônica identifica que o seu portador é um bandido potencial, também temos convicção que ela não impede que esse mesmo bandido, de uma hora pra outra, se mande ou desapareça dos radares da justiça. 

A única conclusão que se pode chegar, então, é que, com criminosos potenciais não se deve facilitar, sob pena de, mais tarde, se ficar reclamando que “fomos pegos de surpresa”, com a evasão do facínora. 

A reflexão é só pra lembrar que Bolsonaro, mesmo antes de portá-la, já disse e repetiu “N” vezes que não será preso; e, no entanto, nenhuma medida preventiva foi tomada até aqui para impedi-lo. 

Por qual razão, então, não o prender preventivamente porquanto o “risco de fuga” é iminente ??? 

A propósito, dias atrás elaboramos um texto sobre, que tomamos a iniciativa de (re)postá-lo, abaixo: 

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PRISÃO “PREVENTIVA” PARA O BOLSONARO, JÁ – José Nílton Mariano Saraiva

Só um cego não vê que esse disse-me-disse tratando sobre Bolsonaro não passa de jogo de cena, de enganação pura, de enrolação completa, de ganhar tempo para preparar sua fuga do país, antes que seja posta em julgamento sua possível condenação por parte da Procuradoria Geral da República. 

Essa conversa mole de Trump tecendo loas a Bolsonaro, de ficar garantindo ser ele uma pessoa honesta, trabalhadora e que luta pelo seu povo, e que ele, Trump, pode até intervir num país soberano e democrático como o Brasil (pagaríamos pra ver) só nos mostra uma coisa: que os mafiosos se entendem, que bandidos da mesma linhagem são solidários em momentos de aperreio, que um tem que ajudar o outro quando encrencados. 

E como os dois são comprovadamente antidemocráticos, como os dois mentem aos borbotões, como os dois foram os cabeças e incentivadores de golpes contra as próprias instituições e, consequentemente contra o povo, não se pode postergar a condenação do Bolsonaro, ou ficar nessa de divulgar que seu julgamento está sendo ultimado, que a tendência é pela condenação e tal (é dar muita bandeira, no dizer popular). 

Deixar que os filhos (mentirosos, ou da mesma estirpe do pai), fiquem deitando falação sobre a possibilidade de Trump acabar com a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros caso o Supremo Tribunal Federal desista do processo e proceda uma anistia ampla, geral e irrestrita aos participantes do golpe de 08.01 é, no mínimo, uma tremenda babaquice, a fim de descaracterizar o perigo iminente (ou terrorismo puro). 

A essa hora (alguém duvida ???), Bolsonaro já deve ter obtido do Trump a garantia oficiosa de que a Embaixada americana do Brasil estará à sua disposição, a qualquer hora do dia ou da noite, para uma possível estadia por lá, por tempo indeterminado, ou até conseguirem embarcá-lo às escondidas, na calada da noite. 

Como o próprio Bolsonaro já disse viver imaginando que a Polícia Federal o visitará numa manhã qualquer a fim de leva-lo à cadeia, por qual razão não atende-lo agora, prendendo-o preventivamente, enquanto a sentença definitiva não sai ??? 

Portanto, tornozeleira eletrônica nele, complementada por detenção “provisória-preventiva” em regime fechado e monitoramento de todos os seus movimentos, é o que se impõe (nada de colher de chá). 

Não nos esqueçamos da máxima proferida por aquele velho filósofo, anos atrás, mas que continua tão válida nos dias atuais: 

“AOS INIMIGOS NÃO SE MANDAM FLORES, MAS, SIM, BANANAS... DE DINAMITE, PREFERENCIALMENTE DETONADAS Á DISTÂNCIA”.

domingo, 27 de julho de 2025

 OS “HUNOS” DO CONGRESSO    (editorial do ESTADÃO, de 24.07.25) 

“A título de salvar seu encalacrado líder, parlamentares bolsonaristas não se importam em tumultuar o País com ameaças de impeachment de ministro do STF e a defesa de uma inaceitável anistia. 

A horda bolsonarista instalada no Congresso reagiu às medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro para gritar a quem quis ouvir: a partir de agosto, com o fim do recesso parlamentar, a prioridade dessa turma será trabalhar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reavivar o projeto de anistia aos golpistas envolvidos no 8 de Janeiro, definidos por eles como “presos políticos”, e desengavetar um projeto de emenda constitucional que acaba com o foro especial por prerrogativa de função para crimes comuns, mantendo-o apenas para a cúpula dos Três Poderes e o vice-presidente da República – engenharia nada sutil para tirar do Supremo processos como o que está em curso contra Bolsonaro. O grupo de parlamentares, liderado pelo PL, partido do ex-presidente, também planeja organizar um discurso “unificado” e organizar atos pelo Brasil em apoio a Bolsonaro e contra as decisões do STF. 

Nenhuma dessas iniciativas tem grandes chances de prosperar na Câmara e no Senado, mas esses liberticidas estão mais interessados em outra coisa. Apostam, antes de tudo, em sua capacidade de espalhar brasas onde já há fogo e levar adiante pautas que funcionam como bandeiras simbólicas para mobilizar a militância, difundir a falsa ideia de que o País está sob uma ditadura do Judiciário, servir de arma para o discurso vitimista de Bolsonaro e, sobretudo, produzir inimigos e criar um ambiente de convulsão social. Para essa tropa, como resumiu a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), só há dois inimigos a enfrentar: Lula da Silva e Alexandre de Moraes, como se culpados fossem pelas sanções impostas ao Brasil por Donald Trump. 

Nada surpreendente para um grupo que representa um ideário que se fez no caos, na mentira e na distorção da realidade – e disso se alimenta. Não se deve tirar-lhes o direito de espernear e produzir factoides para satisfazer os próprios delírios, pois afinal vivemos numa democracia. Mas não nos deixemos enganar pela natureza da coisa. Assim como ocorreu com os vândalos golpistas que, entre o fim de 2022 e o início de 2023, ultrapassaram a fronteira da liberdade de expressão e de mobilização, está-se diante de mais um capítulo do longo enredo de desprezo do bolsonarismo pelas instituições. 

Fiel à violência política congênita do seu principal líder, o bolsonarismo sempre se mostrou como um ideário retrógrado, personalista e antinacional, mas hoje seus sabujos só se prestam a uma causa: proteger o encalacrado padrinho. 

Para tanto, vale tudo, especialmente a retórica destrutiva que afronta instituições, intimida adversários e despreza a paz social e política desejada pela maioria dos brasileiros. Pugnar pelo impeachment de ministros do STF, demonizar o Judiciário, pregar uma anistia “ampla, geral e irrestrita” ou alinhar-se vexatoriamente a Trump em sua ofensiva para prejudicar o Brasil hoje equivale àquilo que, no passado recente, destinou-se a desacreditar as urnas eletrônicas, instilar dúvidas sobre o processo eleitoral e criar o clima para a ruptura. 

Vale tudo, desde que seja a serviço de uma causa que nada tem a ver com as reais necessidades do País nem com o suposto vezo autoritário do STF. É tudo apenas para salvar Bolsonaro da cadeia – algo que, na sintaxe bolsonarista, equivale a salvar a democracia. Mas é pura malandragem, pois, como se sabe, o mito fundador do bolsonarismo jamais pensou em outra coisa senão nele mesmo e na sua família. 

Esse método está no manual do guerrilheiro bolsonarista, que ensina a tumultuar para triunfar. Bolsonaro passou a vida destilando ódio em seus atos e falas – seja como mau militar, quando manchou a farda com sua indisciplina, seja como deputado, quando defendeu o fechamento do Congresso e o fuzilamento de adversários, seja como presidente, quando ameaçou jornalistas, desacreditou o sistema de votação e sabotou a vacina contra a covid-19 só porque foi produzida por um adversário político. 

Como toda força reacionária e destrutiva, os bolsonaristas atuam como os hunos: por onde passam, nem grama nasce.”

 COISA DE MAFIOSOS (editorial do Estadão de 10.07.25)

"O presidente americano, Donald Trump, enviou carta ao presidente Lula da Silva para informar que pretende impor tarifa de 50% para todos os produtos brasileiros exportados para os EUA. Da confusão de exclamações, frases desconexas e argumentos esquizofrênicos na mensagem, depreende-se que Trump decidiu castigar o Brasil em razão dos processos movidos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado e também por causa de ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas que administram redes sociais tidas pelo STF como abrigos de golpistas. Trump, ademais, alega que o Brasil tem superávit comercial com os EUA e, portanto, prejudica os interesses americanos.

Não há outra conclusão a se tirar dessa mixórdia: trata-se de coisa de mafiosos. Trump usa a ameaça de impor tarifas comerciais ao Brasil para obrigar o País a se render a suas absurdas exigências.

Antes de mais nada, os EUA têm um robusto superávit comercial com o Brasil. Ou seja, Trump mentiu descaradamente na carta para justificar a medida drástica. Ademais, Trump pretende interferir diretamente nas decisões do Judiciário brasileiro, sobre o qual o governo federal, destinatário das ameaças, não tem nenhum poder. Talvez o presidente dos EUA, que está sendo bem-sucedido no desmonte dos freios e contrapesos da república americana, imagine que no Brasil o presidente também possa fazer o que bem entende em relação a processos judiciais.

Ao exigir que o governo brasileiro atue para interromper as ações contra Jair Bolsonaro, usando para isso a ameaça de retaliações comerciais gravíssimas, Trump imiscui-se de forma ultrajante em assuntos internos do Brasil. É verdade que Trump não tem o menor respeito pelas liturgias e rituais das relações entre Estados, mas mesmo para seus padrões a carta endereçada ao governo brasileiro passou de todos os limites.

A reação inicial de Lula foi correta. Em postagem nas redes sociais, o presidente lembrou que o Brasil é um país soberano, que os Poderes são independentes e que os processos contra os golpistas são de inteira responsabilidade do Judiciário. E, também corretamente, informou que qualquer elevação de tarifa por parte dos EUA será seguida de elevação de tarifa brasileira, conforme o princípio da reciprocidade.

Esse espantoso episódio serve para demonstrar, como se ainda houvesse alguma dúvida, o caráter absolutamente daninho do trumpismo e, por tabela, do bolsonarismo. Para esses movimentos, os interesses dos EUA e do Brasil são confundidos com os interesses particulares de Trump e de Bolsonaro. Não se trata de “América em primeiro lugar” nem de “Brasil acima de tudo”, e sim dos caprichos e das ambições pessoais desses irresponsáveis.

Diante disso, é absolutamente deplorável que ainda haja no Brasil quem defenda Trump, como recentemente fez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que vestiu o boné do movimento de Trump, o Maga (Make America Great Again), e cumprimentou o presidente americano depois que este fez suas primeiras ameaças ao Brasil por causa do julgamento de Bolsonaro.

Vestir o boné de Trump, hoje, significa alinhar-se a um troglodita que pode causar imensos danos à economia brasileira. Caso Trump leve adiante sua ameaça, Tarcísio e outros políticos embevecidos com o presidente americano terão dificuldade para se explicar com os setores produtivos afetados.

Eis aí o mal que faz ao Brasil um irresponsável como Bolsonaro, com a ajuda de todos os que lhe dão sustentação política com vista a herdar seu patrimônio eleitoral. Pode até ser que Trump não leve adiante suas ameaças, como tem feito com outros países, e que tudo não passe de encenação, como lhe é característico, mas o caso serve para confirmar a natureza destrutiva desses dejetos da democracia.

Que o Brasil não se vergue diante dos arreganhos de Trump, de Bolsonaro e de seus associados liberticidas. E que aqueles que são verdadeiramente brasileiros, seja qual for o partido em que militam, não se permitam ser sabujos de um presidente americano que envergonha os ideais da democracia."

 

quarta-feira, 23 de julho de 2025

 BOLSONARO: CONVITE À FUGA – José Nílton Mariano Saraiva

 

Inquestionavelmente, sim, quem usa tornozeleira eletrônica é bandido. Simples assim. E com bandidos não se deve facilitar, principalmente quando se trata de algum de alta periculosidade, como o é o Bolsonaro.

Por essa razão, causa espécie que a Procuradoria Geral da República (representada pelo Sr. Paulo Gonet) e o Supremo Tribunal Federal (na pessoa do Ministro Alexandre de Moraes), depois do trabalho magnífico que realizaram na investigação e desbaratamento da quadrilha que atuou em 08 de janeiro, agora arrefeçam o ânimo e, literalmente, convidem Bolsonaro à fuga.

Sim, porque ao simplesmente o “tornozelarem”, deixando-o livre pra circular, tramar e conspirar, durante todo o dia (só se recolhe à noite), literalmente estão estimulando-o a empreender fuga, porquanto a recomendação expressa de não puder se reunir em grupo jamais será obedecida, exatamente por se tratar de uma figura de alta periculosidade.

E o próprio, demonstrando desprezo e cinismo, fez absoluta questão de mostrar isso, ao vivo e a cores, ao comparecer as dependências do Senado Federal e, mostrando acintosamente a tornozeleira, diante das câmaras, deitar falação sobre a suposta injustiça de que estaria sendo vítima.  

E assim, incitando, provocando, desafiando as autoridades constituídas, sem que nada lhe aconteça, Bolsonaro está pavimentando a trilha que o permitirá fugir do país (isso sem se falar que a embaixada americana deve estar de prontidão para o receber a qualquer momento, já que previamente autorizada pelo Trump).

A propósito, convém não olvidar que, em um evento evangélico em 28.08.21, realizado na cidade de Governador Valadares/MG, Bolsonaro afirmou peremptoriamente que “Só saio morto, por vontade de Deus ou morto; preso, jamais” (ipsis litteris).

Fato é que, ou o Ministro Alexandre de Moraes decreta de pronto sua “prisão temporária” (até que a “prisão definitiva” seja, enfim, homologada, para gáudio de milhões de brasileiros), ou corre o sério risco de ver seu belo trabalho ir por água abaixo, decepcionando a maioria da população brasileira (não há o que temer, o gado é “frouxo”).   

PORTANTO, A HORA É AGORA.

BOLSONARO NA CADEIA, JÁ.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

 UMA “SINGELA E TERNA” HOMENAGEM AO JAIR – José Nílton Mariano Saraiva

 

“JOSÉ” é um dos poemas mais emblemáticos de Carlos Drummond de Andrade, e foi publicado no livro “Poesias”, no longínquo 1942. Nele, estão retratados o desespero, a solidão, o desamparo e a falta de perspectivas do homem, em um tom de questionamento.

Com “pequenas e suaves” adaptações, tem tudo a ver com o JAIR, dos dias atuais. Vejam, abaixo, como tudo se encaixa ao substituirmos o JOSÉ por JAIR (numa singela e terna homenagem ao próprio).

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JOSÉ (JAIR)

 

E agora, JAIR / A festa acabou / a luz apagou / o povo sumiu / a noite esfriou / e agora, JAIR/ e agora, você ?

 

Você que é sem nome / que zomba dos outros / você que (NÃO) faz versos / que (NÃO) ama / E SÓ protesta / e agora, Jair ?

 

Está sem mulher / está sem discurso / está sem carinho / já não pode beber / já não pode fumar / cuspir já não pode

 

A noite esfriou / o dia não veio / o bonde não veio / o riso não veio / não veio a utopia / e tudo acabou / e tudo fugiu / e tudo mofou / e agora, JAIR / e agora, JAIR ?

 

Sua (RUDE) palavra / seu instante de febre / sua gula e jejum / suas joias roubadas / seu terno de vidro / sua incoerência / seu ódio / e agora ?

 

Com a chave na mão / quer abrir a porta / não existe porta / quer morrer no mar / mas o mar secou / quer ir pra Minas / Minas não há mais / JAIR, e agora ?

 

Se você gritasse / se você gemesse / se você tocasse a valsa vianense / se você dormisse / se você cansasse / se você morresse... / mas você não morre / você é duro, JAIR

 

Sozinho no escuro / qual bicho do mato / sem teogonia / sem parede nua pra se encostar / sem cavalo preto / que fuja a galope (para os “States”)

 

VOCE MARCHA, JAIR, JAIR PRA PAPUDA

VOCE MARCHA, JAIR, JAIR PRA PAPUDA.

domingo, 20 de julho de 2025

 A “FALHA” DA TORNEZELEIRA ELETRONICA – José Nílton Mariano Saraiva


Se analisarmos bem, a colocação de uma tornozeleira eletrônica em qualquer bandido, muito embora tenha uma finalidade nobre (barrar-lhe a ação delituosa futura) peca por um detalhe crucial: embora obrigue que o meliante se recolha das 07 horas da noite às 07 horas da manhã, deixa-o livre pra delinquir durante as 12 horas seguintes (das 07 da manhã às 07 da noite, caracterizando o famoso regime 12 x 12).

Por uma razão simplória e que a bandidagem já sabe de cór e salteado, tanto que não está nem aí: não há, no Brasil, por parte das autoridades/órgãos responsáveis, número suficiente de fiscais que detectem e acompanhem, pari-passu, os premiados com “tornozeleiras” (tantos são eles).

Quem não lembra, por exemplo, do Pedro Barusco, então Diretor da Petrobras que, flagrado em ilícitos de monta, foi obrigado a usar a tornozeleira eletrônica, o que, a priori, o denunciava como um “fora-da-lei”. E, no entanto, à época ele circulava no “point” mais famoso do Rio de Janeiro, praia de Ipanema, de bermudão e sem camisa, mostrando desafiadoramente a dita-cuja, e sorvendo tranquilamente seu “scott” favorito (whisky) sem que jamais tivesse sido importunado por alguma autoridade.

Particularmente, já tivemos como vizinho um vagabundo desses, que, não satisfeito em mostrar a “honraria” recebida, promovia, dentro de casa, bacanais concorridos, onde muitos portavam a “coisa”, inclusive a própria irmã (fizemos a denúncia, mas o máximo que conseguimos foi que o proprietário do imóvel rescindisse o contrato de locação).

O acima exposto, é só pra dizer que o íntegro, honesto e preparado Ministro Alexandre de Moraes “pisou na bola”, foi muito benevolente, muito burocrático, muito magnânimo e, diríamos com todo o respeito, até muito relapso, em simplesmente mandar Jair Bolsonaro para uma espécie de suave “prisão domiciliar”, com proibição de sair de casa das 07 da noite às 07 da manhã, tendo o resto do dia livre pra circular, já que com a tornozeleira eletrônica.

E aí, não dá pra desconfiar, devido à alta periculosidade do próprio, que, com tanto tempo livre, ele simplesmente “esqueça” a tornozeleira (lembremo-nos do déficit de fiscais, ou mesmo do descarte da própria) e então, reunido com a sua quadrilha, tendo em vista a iminente prisão, preparem um plano de fuga que teria o Paraguai como destino primeiro (ou outros países fronteiriços), via terrestre e, de lá, num jatinho particular, financiado pelo partido, os Estados Unidos, mesmo sem passaporte (ou um falsificado, já que foram capazes de falsificar até o cartão de de vacina).

Senão, após o “passarinho voar”, não caberá lembrar ou lamentar que nunca imaginariam que ele fosse capaz de.

Como, com bandido não deve haver tergiversação ou condescendência, prisão preventiva, até o julgamento, é o que se impõe.

sábado, 12 de julho de 2025

 PRISÃO “PREVENTIVA” PARA O BOLSONARO, JÁ – José Nílton Mariano Saraiva

Só um cego não vê que esse disse-me-disse tratando sobre Bolsonaro não passa de jogo de cena, de enganação pura, de enrolação completa, de ganhar tempo para preparar sua fuga do país, antes que seja posta em julgamento sua possível condenação por parte da Procuradoria Geral da República.

Essa conversa mole de Trump tecendo loas a Bolsonaro, de ficar garantindo ser ele uma pessoa honesta, trabalhadora e que luta pelo seu povo, e que ele, Trump, pode até intervir num país soberano e democrático como o Brasil (pagaríamos pra ver) só nos mostra uma coisa: que os mafiosos se entendem, que bandidos da mesma linhagem são solidários em momentos de aperreio, que um tem que ajudar o outro quando encrencados.

E como os dois são comprovadamente antidemocráticos, como os dois mentem aos borbotões, como os dois foram os cabeças e incentivadores de golpes contra as próprias instituições e, consequentemente contra o povo, não se pode postergar a condenação do Bolsonaro, ou ficar nessa de divulgar que seu julgamento está sendo ultimado, que a tendência é pela condenação e tal (é dar muita bandeira, no dizer popular).

Deixar que os filhos (mentirosos, ou da mesma estirpe do pai), fiquem deitando falação sobre a possibilidade de Trump acabar com a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros caso o Supremo Tribunal Federal desista do processo e proceda uma anistia ampla, geral e irrestrita aos participantes do golpe de 08.01 é, no mínimo, uma tremenda babaquice, a fim de descaracterizar o perigo iminente (ou terrorismo puro).

A essa hora (alguém duvida ???), Bolsonaro já deve ter obtido do Trump a garantia oficiosa de que a Embaixada americana do Brasil estará à sua disposição, a qualquer hora do dia ou da noite, para uma possível estadia por lá, por tempo indeterminado, ou até conseguirem embarcá-lo às escondidas, na calada da noite.

Como o próprio Bolsonaro já disse viver imaginando que a Polícia Federal o visitará numa manhã qualquer a fim de leva-lo à cadeia, por qual razão não atende-lo agora, prendendo-o preventivamente, enquanto a sentença definitiva não sai ???

Portanto, tornozeleira eletrônica nele, complementada por detenção “provisória-preventiva” em regime fechado e monitoramento de todos os seus movimentos, é o que se impõe (nada de colher de chá).

Não nos esqueçamos da máxima proferida por aquele velho filósofo, anos atrás, mas que continua tão válida nos dias atuais:  

“AOS INIMIGOS NÃO SE MANDAM FLORES, MAS, BANANAS... DE DINAMITE, PREFERENCIALMENTE DETONADAS Á DISTÂNCIA”.