por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 14 de maio de 2024

 O “DESASTRE AMBIENTAL” DO RIO GRANDE DO SUL (BREVES CONSIDERAÇÕES) - José Nílton Mariano Saraiva


É inquestionável que, durante muitos e muitos anos, o desenvolvimento econômico decorrente da Revolução Industrial sobrepôs-se e inexoravelmente impediu que os já presentes e assustadores problemas ambientais fossem considerados com a seriedade devida.

Assim, muito embora a poluição e os negativos impactos ambientais do desenvolvimento desordenado fossem visíveis, os (supostos) benefícios proporcionados pelo “progresso” eram justificados irresponsavelmente como uma espécie de “mal necessário”, ou algo com que deveríamos conviver e nos resignar, “ad aeternum”.

No entanto, com o avançar da ciência nos anos recentes, após a descoberta da perigosa camada de ozônio, do letal efeito estufa e do perigoso aquecimento global, eis que a racionalidade foi posta em prática e, então, o conceito mudou radicalmente; descobriu-se que proteger o meio ambiente não significa impedir o progresso, bem como não se pode admitir um desenvolvimento predatório e insustentável.

Urge, pois, que neste momento doloroso e difícil pelo qual passamos, os recalcitrantes reconheçam ser fundamental a conscientização coletiva da necessidade de se promover o desenvolvimento em harmonia com o meio ambiente, que é o que muitos de nós tentamos fazer, individualmente, na procura de uma vida saudável e duradoura.

Para tanto, merece encômios e é por demais louvável a ideia de defesa intransigente da adoção do desenvolvimento sustentável, que tomou corpo e cresceu assustadoramente nas últimas décadas, norteando principalmente a ação dos órgãos públicos encarregados da defesa do meio ambiente, em todo o mundo.

No caso do Brasil, especificamente, a própria Constituição Federal (a Constituição Cidadã), estabelece que todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, porquanto é o homem, o ser humano, a pessoa em si, não como como indivíduo, mas como humanidade e como sujeito, a razão direta e prioritária dos benefícios de um meio ambiente sadio e autossustentável.

Pena que no atual governo do Rio Grande do Sul (comandado pelo senhor Eduardo Leite) tudo isso tenha sido incompreensivelmente deixado de lado, porquanto leis ambientais (dezenas e dezenas) foram sumariamente deletadas, órgãos públicos atuantes na área privatizados irresponsavelmente e por aí vai, daí as superlativas enchentes naquele estado, já que o governo estadual ignorou até as medidas preventivas/protetivas visando obstá-las.

Alfim, como qualquer tragédia chega ao crepúsculo, espera-se que, após o baixar das águas, responsabilidades sejam apuradas e penalizados sejam os que se omitiram ou simplesmente ignoraram o drama da maioria da população gaúcha.

Post Scriptum:

Não se pode deixar de mencionar, aqui, a atuação do Presidente da República, Lula da Silva que, provando e comprovando sua condição de ESTADISTA, tem-se dedicado com denodo e afinco a ajudar de forma efetiva o estado e a população do Rio Grande do Sul (onde na última eleição presidencial obteve 43,65% (2.891.851 votos) ante os 56,35% (3.733.185 votos) do candidato Bolsonaro.

A pergunta é: e se Bolsonaro (para a infelicidade dos brasileiros) tivesse ganho a eleição presidencial, mas perdido no Rio Grande do Sul, será que ajudaria ou retaliaria???

Apostem na segunda opção, sem medo de errar.

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