UM PASSADO QUE (PRECONCEITUOSAMENTE), CONDENA – José Nílton Mariano Saraiva
A surpreendente ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República teve o condão de desnudar ou nos por frente a frente com uma das facetas mais abjetas que um ser humano pode carregar: o preconceito visceral contra um seu semelhante.
É que, lá atrás, ao assumir o relacionamento com a então “mãe solteira”, Michele, e dar-lhe o seu sobrenome (Bolsonaro) esta, de pronto, passou a ser rejeitada preconceituosamente pelos três (03) filhos-numerais (Eduardo, Flávio e Carlos) resultantes de um relacionamento anterior do pai.
Arrogantes, mal-educados e prepotente até hoje, os irmãos Bolsonaro nunca fizeram nenhum esforço para demonstrar/esconder o constrangimento pela situação criada pelo pai, principalmente pelo fato de a filha de Michele (sua meia-irmã), oriunda de uma relação não convencional (com outro), já ser, à época, uma jovem adolescente, e que passou a morar com o padrasto (ou seja, dividendo a atenção do próprio).
Fato é que, hoje, embaixo das asas do padrasto, embora sem qualquer formação superior a filha de Michele Bolsonaro, de nome Letícia Firmo, foi aquinhoada com um salário de R$ 13.000,00 na função de assistente de gabinete da Secretaria de Articulação Nacional do atual governador do Espírito Santo, Jorginho Mello (PL-SC) e exercerá a função em Brasília, onde mora com a mãe e o padrasto (ou seja, a população de Santa Catarina pagará pra alguém que talvez nem conheça o Estado).
E para provar de forme definitiva e inquestionável seu “prestígio” com o marido (e provocar ainda mais a ira demoníaca dos três irmãos-numerais), Michele Bolsonaro ainda arranjou para que o namorado de Letícia Firmo, Igor Matheus Oliveira Modtkowski, ganhasse um emprego no gabinete do senador do PL catarinense Jorge Seif Júnior (enquanto isso, sem a influência de Michele, o filhote 04, de Jair Bolsonaro, Jair Renan, também prestará serviço no mesmo gabinete).
Por outro lado, dois irmãos de Michele Bolsonaro também se deram bem com a influência da irmã sobre o marido: Diego Torres Dourado ganhou um cargo como assessor especial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no qual receberá um salário de R$ 19,2 mil, enquanto que Geovanna Kathleen Ferreira Lima (também irmã de Michelle), foi empregada no Senado, no gabinete da ex-ministra de Direitos Humanos, Damares Alves.
A dúvida é: e o coitado do eletricista de Brasília, Marcos Santos da Silva (à época um homem casado e pai de família), mas que envolveu-se com Michele (que ainda não era Bolsonaro) e tiveram a Letícia Firmo, será que não arranjou nada durante o tempo em que a “ex” esteve como primeira dama ??? Michele Bolsonaro teria sido tão ingrata com o “ex” ???
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