Nilton Mariano tem levantando aqui no blog um ponto de vista
político que é histórico. Tem substância conceitual e é válido para as análises
do presente.
Não faz parte deste antepositivo grego “néo” que inunda um pensamento, igualmente histórico, mas com
enormes perdas conceituais. A exemplo dos neoliberais e neoconservadores.
O liberalismo, por exemplo, mostrou-se, historicamente, um
desastre social e humano e esteve na raiz de duas guerras mundiais. Além, é
claro, de criar o império Americano que espertamente se aproveitou das
destruições na Europa e na Ásia para criar suas bases.
Ou alguém imagina que enquanto a Inglaterra, a Alemanha, a
Itália, a França e a União Soviética (Rússia), China e Japão, eram destruídos,
os EUA não estivessem lançando mão de reservas estratégicas, mercados e domínio
geopolítico?
Esta é a tragédia do liberalismo, que retornou com o
antepositivo do novo, para ter como principal resultado (até agora) a maior
concentração de renda jamais vista na história da humanidade. E concentração de
renda neste nível é um desastre anunciado.
Concentração de capital nas mãos de poucos e organizado numa
rede articulada, que se pretende lógica, de lógica não tem nada. Primeiro
porque concentração é feita de capital já realizado. Este estoque não cria nada
de novo apenas se marca posição de futuras gerações (os herdeiros estroinas) na
fila do futuro. Segundo apaga as decisões democráticas e realça a arrogância
destrutiva oligarca.
O componente conservador acrescido do antepositivo néo é um verdadeiro nonsense de ideias. Junta fragmentos de valores que não podem se sustentar
porque o mundo todo se transforma e pouco se conserva. Se abraçam a uma
religiosidade ou espiritualidade ritualística, formada por frases rígidas e
geladas, e muito pouco de transcendência filosófica. A grande vantagem do
cristianismo, até mesmo sobre a narrativa bíblica do velho testamento, foi o
humanismo filosófico de sua bem aventurança.
A tradição histórica com a qual Nilton Mariano raciocina é válida
porque consoante a realidade. A realidade da maioria e não das minorias. Faz
parte de um projeto de Nação, quando os impérios e as nacionalidades estão
atuantes como nunca. Não caiu no conto da sereia da inevitável sujeição globalizada
e luta pela liberdade possível.
Nós que gostamos de ler. De comentar. Analisar. Temos muito
a ganhar com as bases bem conceituadas da história.
Um comentário:
Petrobras já pode operar megacampo de Búzios, ex-Franco
26 de dezembro de 2014 | 11:34 Autor: Fernando Brito
Enquanto a campanha anti-Petrobras segue na mídia, a empresa vai colecionando diversas boas notícias naquilo que interessa: produzir petróleo para o Brasil.
Depois de bater, no domingo, o recorde de produção em um único dia no domingo (2,47 milhões de barris de petróleo num dia ou, para se ter uma ideia melhor 392 milhões de litros), a empresa recebeu autorização da Agência Nacional de Petróleo para produzir, de forma provisória, no megacampo de Búzios (antes conhecido como Franco), um dos que integram o conjunto da área de cessão onerosa recebida, definitivamente, no ano passado.
Este conjunto representa reservas de até 15 bilhões de barris de óleo recuperável, quase o mesmo que todas as reservas provadas hoje do país.
A Petrobras vai operar, durante sete meses, o primeiro poço do campo, para completar os estudos geológicos e produção limitada – por causa dos limites à queima de gás – mas capaz de testar os prognósticos de que cada unidade de extração possa render cerca de 30 mil barris diários, equivalente aos melhores poços do pré-sal.
A exploração comercial definitiva começa, porém, apenas em 2016. Em 2015, a Petrobras conclui e desloca para lá a plataforma P-74, cujo casco está quase pronto no antigo estaleiro Ishikawagima (hoje, Inhaúma) na ponta do Caju, no Rio. Em seguida, o navio segue para o Estaleiro Enseada, no Rio Grande do Sul, para a montagem das estruturas de convés.
Infelizmente, notícias como essa saem pequeninas, nos cantinhos da editoria de economia.
Quando saem.
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