Por volta do
ano zero, afora centenas de reinos, principados e cidades estados, só existiam
de fato. No mundo conhecido dos europeus, dois grandes impérios: o de Roma e a
China. A última potência de peso a ser conquistada pelos romanos foi o Egito. O
General Otaviano, futuro Imperador Augusto, teve a honra histórica de dar o
golpe de misericórdia no grande reino dos faraós. Império que então completaria
cerca de 3500 anos. Não foi uma luta
frontal. Para os egípcios com seu grande e inabalável império, capazes de
repelir, até então, todos os agressores, os romanos eram apenas mais um
dependente de sua organizada agricultura e de matérias primas em geral.
O Egito,
protegido pelos desertos, que repelia invasões, controlava praticamente todo o
comércio do mediterrâneo e do oriente médio. Mantinha entrepostos comerciais ao
longo das costas do mediterrâneo. As grandes ilhas de Chipre e Creta eram suas
colônias, algumas das bases de apoio para o intenso comércio marítimo.
Os romanos
sabiam que, naquele momento, belicamente não podiam enfrentar os egípcios.
Portanto, era preciso desenvolver uma política de conquista de longo prazo. E
assim fizeram. Como potência militar, aos poucos foram conquistando, saqueando,
destruindo ou anexando reinos vizinhos e no que sobrava, depois da limpeza
política de regra, introduziram entre outras, a novidade de conceder cidadania
romana aos novos conquistados, respeitando seus costumes e religiões. Muitos
dos agora novos cidadãos obtinham todos os direitos e deveres romanos e podiam atingir
altos cargos na administração. Com esse arranjo jurídico diminuíam as revoltas
e movimentos de independência, já que todos eram cidadãos romanos. Organizada a
administração, trataram de minar e conquistar as possessões egípcias mais
fracas e distantes, que do ponto de vista dos faraós, não compensava enviar
tropas para defendê-las, davam preferência a algum arranjo diplomático ou
financeiro.
Por algum
tempo os romanos respeitavam os acordos, mas logo, a despeito de qualquer
pretexto, iniciavam novos avanços. Apesar de algumas passagens obscuras tais como
os suicídios do General Marco Antônio e da própria Faraó Cleópatra VII, sabemos
como terminou o grande império de 3500 anos. Os romanos, com paciência e determinação, com a política de, como diz o matuto, “comer pelas beiradas” conquistaram o mais rico império da época. Muito semelhante com o que os chineses estão fazendo atualmente: como formiguinhas se instalando e influenciando economicamente onde for possível.
É preciso lembrar que, brevemente entrará em serviço a ampliação do canal do Panamá, possibilitando navegação de grande porte e consequente aumento de mercadorias. A China é hoje o maior parceiro econômico do Brasil. Será que o Porto de Mariel, em Cuba, não faz parte dessa estratégia?
Um comentário:
Stela, agradecemos as postagens de José Almino: primorosas!
Ele sempre nos surpreende.
Tenta arrastar mais e mais...
Ele sempre foi um colaborador nosso em potencial.Indicado por Zé do Vale quando abrimos o blog.
E o Zé do Vale tinha razão.
Na época mandei-lhe convite, mas ficou pendente.Talvez eu tenha errado o e-mail.
Podemos corrigir isso?
Abraços, querida!
Saudades imensas.Esperamos vc, no p´roximo mês.
Postar um comentário