Eles cresceram, e eu não percebi.
São adultos, quarentões, mas ainda me parecem frágeis e
carentes de colo.
Existe uma dor humana no coração materno. Uma ferida aberta
que sorri e chora.
Paz e sobressalto. Olhar vigilante já despido de malícia. Se
um filho não está OK, a gente se desconserta, e busca milagres ou respostas no
brilho de estrelas, que talvez nem mais existam.
Vivemos por um fio...
Aparo arestas e
cantarolo, enquanto tempero o rango.
Aumentei lugares na
mesa. Somos muitos: família!
Quando marco ausências, me engasgo num soluço, e disfarço
num olhar distante, até alcançar a utópica felicidade. Espremo gotas de alegria,
mas elas parecem cristalizadas, num
ponto de saudade.
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