Geográfica
e culturalmente multifacetado por conta da sua dimensão continental, o Brasil,
além de uma população ordeira e trabalhadora, detém imensas áreas de terras
agricultáveis (já somos o maior do mundo em certas culturas), de par com extensos
e caudalosos rios que se prestam para produzir energia limpa e relativamente
barata, desde que aproveitados de forma racional (além do que, também poderão perenizar, através da irrigação, aquelas
áreas mais necessitadas).
De
outra parte, é sabido que qualquer país que almeje ingressar no seleto rol
daqueles considerados desenvolvidos há de levar em conta dois insumos básicos
para o atendimento de tal desiderato: a “educação”, como mola propulsora do
adquirir e aplicar novos e imprescindíveis conhecimentos; e a geração de energia,
absolutamente necessária como indutora da transformação possibilitada pelo
agregar desses mesmos conhecimentos.
Temos,
pois, sobejas condições de “chegar lá”, dentro de um prazo razoável, desde que
haja uma política governamental que valorize essas duas importantes ferramentas.
E
o primeiro passo já foi dado, com a decisão do governo brasileiro de destinar o
dinheiro arrecado com o pré-sal para a educação integral, processo que exige um
certo tempo de maturação a fim de alcançar os objetivos colimados; portanto,
tenhamos um pouco de paciência, já que não se muda um “continente” da noite pra
o dia, ao simples toque de uma varinha de condão.
Já
com relação à geração de energia, via aproveitamento de rios da magnitude de um
Amazonas, Tocantins, Madeira e por aí vai, a coisa caminha com certa
dificuldade, já que esbarra na “questão ambiental”.
É
que, açodados e sectários em relação ao tema, ecologistas de plantão tentam
obstar a construção de hidroelétricas lá pro lado da região amazônica, sob a
alegativa de que a floresta necessita ser preservada em sua integridade, por
cima de pau e pedra; e aí falta um pouco de flexibilidade e tolerância, a
fim de entender que a área a ser inundada para a formação do lago de uma grande
hidroelétrica representa na realidade uma insignificância em relação ao todo, no
tocante aos prejuízos à fauna e à flora.
E
que, no desenvolvimento de uma nação se torna necessário avaliar a questão “custo
X benefício” (aqui traduzidos por meio ambiente X desenvolvimento) de forma ponderada e racional, a
fim de não sacrificar o próprio progresso do pais.
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(Observação: Existe uma diferença abissal entre tentar acabar com uma restrita área verde no centro de uma "selva de pedra" - como o Parque do Cocó, em Fortaleza - e o sacrificar uma área insignificante de uma grande floresta, como o é a amazônica).
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