por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 5 de junho de 2013

O território político do Chile - José do Vale Pinheiro Feitosa

Considerando o território político total do Chile e sua porção que atinge até o Atlântico, ele tem o fantástico 5.338 quilômetros de extensão total. Além disso ocupa espaço em três continentes: nas Américas, na Antártida e na Oceania com a ilha da Páscoa. Esta longa faixa litorânea e mais as partes de outros continentes ocupa um espaço de 756,9 mil quilômetros quadrados. A sua população em 2011 era um pouco mais de 17 milhões de habitantes e 5,5 milhões vivem na região metropolitana de Santiago.

Indo de desertos fantásticos, com fontes termais, localizados nas alturas da cordilheira, onde se encontra o maior projeto de telescópios da humanidade a pesquisar o universo, o Chile é um universo de alturas e faixas de vales. Mesmo nesta estreiteza a maior cordilheira limita-lhe a oeste e uma segunda, mas baixa, acompanha o litoral e assim é a cordilheira da costa. A faixa ocupada por Santiago faz-lhe uma cidade permanentemente de alta poluição atmosférica em razão dos veículos.

As paisagens do Chile com campos de esqui fantásticos, recortes montanhosos que superam em beleza os Alpes além de serem mais intocadas e com uma característica incrível, mesmo nas baixas temperaturas as folhas não outonam como acontece na Europa. As intensas florestas que sobem os Andes na porção sul do país nunca perdem o verde, a não ser as árvores importadas de outras regiões.

O país fica sobre uma placa tectônica muito ativa e a cordilheira é um fumegar de vulcões: são 2085 no total, sendo 150 vulcões considerados ativos. É um típico território do Anel de Fogo do Pacífico. Subindo uma trilha pelo Cerro de San Cristóbal em Santiago, em companhia de uma chilena vem a pergunta brasileira: como é viver num terreno permanentemente sujeito a terremotos? Desde pequenos que as mães ensinam, constantemente ocorrem pequenos abalos, na escola, na família e na sociedade a permanente lição do que fazer e como fazer. Nos elevadores existe uma advertência a mais: não pegue elevadores em casos de incêndios e terremotos. 

O território é politicamente distribuído em seis regiõs: Norte Grande, Norte Chico, Central Chile, Araucánia e Região dos Lagos, Patagônia e Tierra del Fuego e as ilhas do Pacífico. O Norte Grande é aquele conquistado ao Peru e à Bolívia, compreende o deserto de Atacama, a cadeia montanhosa com até 1.500 metros de altura e uma depressão longitudinal. Existem oásis irrigados com as águas das alturas do andes. O Norte Chico é um semi-árido cortado por vales tranvessais, tem grandes contrastes compreendendo a cordilheira, desertos e vales férteis. De vez em quando a corretenza do El Niño leva chuvas à região e os desertos ficam floridos.

Santiago, Valparaíso e Viña Del Mar ficam no Central Chile. É um região com clima mediterrânico, a precipitação média anual em Santiago não ultrapassa os 300 milímetros (situação quase correspondente ao mínimo de precipatação no semi-árido nordestino). É uma região de terras muito férteis, com plantio de frutas e das melhores vinhas do país. Estima-se que 75% da população do Chile viva aí.

A Araucánia e Região dos Lagos fica bem ao sul de Santiago e é de uma beleza raríssima. Onde as florestas cobrem a cordilheira, os picos da montanha mostrando neve, chuvas intensas, umidade alta, criação de ovinos, bovinos, porcinos, llamas e alpacas. É o centro das multinacionais escandinavas que exploram o salmão criado em cativeiro e que abastece o comércio mundial. A região de Puerto Montt e Puerta Varas tem os grandes lagos decorrentes de degelo de grandes geleiras ocorrido ao fim da última glaciação há 17 mil anos.   

A Patagonia e a Região dos Lagos tem o clima em extremidade oposta ao norte do Chile. Muito fria, com vegetação quase de estepe e mais ao sul glaciares pré-históricos. Na região há uma um formigueiro de ilhas e ilhotas e fiordes altíssimos. No limite se encontram acidentes geográficos essenciais na geografia política do mercantilismo e das conquistas coloniais europeias: o Estreito de Magalhães, a Tierra del Fuego e a Ilha Navarino que é o último passo antes do lendário arquipélago do famoso Cabo Horn.

As ilhas do Pacífico são muito distantes do território continental do Chile, o arquipélago de Juan Fernández fica a 670 quilômetros da costa e a ilha da Páscoa a 3.760 quilômetos. Felizmente não têm papel estratégico de grande importância para os gastos da marinha chilena. O turismo é um ítem importantíssimo da economia chilena, mas seu coração econômico bate oxigenado pelo cobre de suas minas.

A mesma mineração que gerou guerras e estimulou ditaduras.

  

Nenhum comentário: