Vento parado e calor. Fumaças nas estradas denunciam queimadas. Eu escuto rezas em muitos lares.
Tia Auri, nos seus 93 anos, ainda declara que o seu coração transborda alegria, quando nos encontra em Mauriti. Lá a política está efervescente. Bandeiras vermelhas, verde-amarela... E eu não acho a paixão, nem tão pouco a esperança. Sinto saudade de um tempo passado.
Deus do céu, como é difícil entender o presente e ficar dentro dele, confortavelmente. Mas, a correnteza me obriga a encarar um futuro, na lua negra ou azu, ou apenas naquela prateada, que insiste em banhar os meus cabelos de mulher, que assume o feminino de todas as incertezas e mistérios. Quero como os mais velhos achar minha mãe, meu pai... Voltar pra casa, atravessar o portal da ressurreição.
Deus do céu, como é difícil entender o presente e ficar dentro dele, confortavelmente. Mas, a correnteza me obriga a encarar um futuro, na lua negra ou azu, ou apenas naquela prateada, que insiste em banhar os meus cabelos de mulher, que assume o feminino de todas as incertezas e mistérios. Quero como os mais velhos achar minha mãe, meu pai... Voltar pra casa, atravessar o portal da ressurreição.
Ontem foi uma noite de achar agulha em palheiro como diria Cristina Barreto. Ouvimos violões, e o canto do grupo. Tudo afinado com as nossas águas nostálgicas, felizes, querendo a poesia aflorada, sem as atrofias da alma.
Estamos no primeiro dia de setembro. Os sinos hoje trabalharam o dia inteiro. È festa da Penha, e o cheiro do pano novo impregnado na memória, me faz lembrar tantos rostos...Eles ficaram num painel, acima do céu, como uma imensa flâmula a balançar encantos. Éramos tantos... Agora apenas nos despedimos uns dos outros, a cada dia, vivendo com infinitude a brisa dos carrosséis de antigamente.
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