por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 18 de março de 2012

Otaviano Romeiro (Maestro Fon - Fon) - texto 2


Fon-Fon e sua orquestra
 



Resumo do texto do blog: http://santaluziadonorteal.blogspot.com.br/
Autor : Dário Augusto (sobrinho de Fon - Fon)


Desde molecote (criança) Fon - Fon se dedicou a música - " filho de Amaro Romeiro e Luzia de Assis, - (...) - aos oito anos de idade, em sua cidade natal ( Santa Luzia do Norte, Alagoas), tocava zabumba na banda de pifanos pertencente a família Mucumba, que residia no emblemático povoado do Quilombo (Gazeta de Alagoas, 2010).


Instrumentista, autor de sambas, choros e arranjos para interpretes famosos, Otaviano Assis Romeiro, vulgo maestro Fon-Fon, foi uma das principais personalidades da música popular brasileira.O apelido famoso "foi lhe dado pelo clarinetista Dedé, seu estimado colega de Regimento, no tange a falta de clareza dos agudos emitidos pelo saxofone, que faziam lembrar as buzinas dos automóveis (ROMEIRO DE LIMA. p.83)


A primeira gravação foi em 1923, interpretando ao saxofone o choro "Cláudio" de Paulino de Oliveita Santo, com acompanhamento de um conjunto regional (Gazeta de Alagoas, 2010). Por  essa época, começou a tocar em "dancings". Numa festa em que Dedé faltou, substituiu-o na clarineta, interpretando, com muito sucesso, You Are Mesnt for Me. Em 1935, Fon-Fon formou sua própria orquestra - tentativa que não logrou êxito.


Fon-Fon forma outra orquestra - " com alguns alagoanos nela integrados - passou a atuar no Cassino em Copacabana, Rio de Janeiro, com arranjos especiais do maestro Rodomés Gnatalli (ROMEIRO DE LIMA. p. 83). Pioneirismo em âmbito nacional, Fon-Fon foi o primeiro maestro a utilizar naipes de saxofones, obtendo uma acústica especial.



Com o mesmo estilo das orquestras de danças norte-americanas que faziam sucesso na época, como as de Benny Goodman. Tommy Dorsey e Artie Shaw, a Orquestra de Fon-Fon alcançou muito êxito entre a aristocracia/elite carioca, frequentadora do cassino (CIFRATIGA- FON -FON)




Em 1941, voltou a Buenos Aires (deixou o Exército em 1930, quando passou a atuar em conjuntos  - com um deles foi a Buenos Aires), - entre os anos 1942-47, fez inúmeras gravações para a Odeon, "acompanhando Atualfo Alves e sua academia na gravação do clássico "Ai que saudade da Amélia", de Atualfo Alves e Mário Lago. Em 1944, gravou a pouca " Rato, rato" de Caseniro Rocha e Cláudio Manuel da Costa, o Cipó. No mesmo ano, a catora Odete Amaral, gravou seu choro, "Murmurando", com letra de Mário Rossi e interpretado por Odete Amaral, que se tornou um clássico do choro cantado' (GAZETA DE ALAGOAS, 2010). "Curiosamente esse clássico, foi gravado pela primeira vez não por Fon-Fon, mas pela orquestra do maestro palestino Simom Bountman, em 1944, merecendo posteriomente letra de Mário Rossi, interpretado por Odete Amaral, e só depois o próprio Fon-Fon o gravou". (Bau De Long Playing).


Ainda na Odeon, Fon-Fon e sua orquestra acompanharam, entre outros, Francisco Alves, Gilberto Alves, Atualfo Alves, Odete Amaral, Jararaca e Ratinho, Dercilha Batista, Moreira da Silva, Joel e Gaúcho Almirante, Emilhinha Borba, Raul Torres e Serrinha e Aracy de Almeida. (GAZETA DE ALAGOAS, 2010)


Posteriormente ele dirigiu Dalva de Oliveira, Moreas Neto, Herivelto Martins, Orlando Silva e Carmem Miranda.


Pela etiqueta London, gravou seu único Lp, - não editado no Brasil. Em 1947, recebeu um convite do Club Champs Elysées - indo em seguida para Paris. "Permaneceu ma Europa, excursando por diversos  países. Inclusive a Grécia, onde morreu. Nasceu em Santa Luzia do Norte Alagoas, em 31 de janeiro de 1908 e faleceu em Atenas, capital da Grécia em 10 agosto de 1951. "Foi sepultado no cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro. Citado na Enciclopédia da Música Brasileira Erudita, Folclórica e Popular (ROMEIRO DE LIMA. p.83)





Referencia Bibliográfica

 LIMA, Antonio Romeiro de. Santa Luzia do Norte: um pouco de sua história. Maceió: Esmal, 2008.

Gazeta de Alagoas.Quem quer conhecer o Maestro Fon - Fon? 2010.

Referências eletrônicas

Bau De Long Playing:Elizeth Cardoso – Zimbo Trio – Jacob do Bandolim – Conjunto Época de Ouro – Ao Vivo No Teatro João Caetano – Vol. 1 (1968). Postado em 22/10/2011. Disponível - em: http://www.baudelongplaying.com/archives/3732. Retirado as 11 horas do dia 12  de março de 2012. 

CIFRANTIGA - FON – FON)- Disponível em: - http://cifrantiga2.blogspot.com/2006/09/fon-fon.html#ixzz1pCAMBfbg. Retirado as 15 horas do dia 12 de março.) 



(CIFRANTIGA – Moreas Neto – Disponível em: http://cifrantiga2.blogspot.com/2010/11/moraes-neto.html#ixzz1pCArE4gd. Retirado as 12 hs: 12 min. Do dia 13 março de 2012.) 

ps. Aceito visitas ...kkk
Participem ...um abraço.







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