por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 31 de dezembro de 2011


Ontem, na boca da noite, espreitamos a lua. Acendemos outras luzes, e tudo aceso ficou: cidade, saudade, e nuvens de lembranças. Senti falta do nada. O nada que comporta uma parte de mim que se foi.
Senti falta de tudo que de bom já passou.
Não quis a volta de nada, mas quis a presença de tudo.
Estava serena, sem o mar do teu olhar. Estive serena, diante do caos, concentrado numa simples luz, que ilumina certa nuvem, num céu que ainda é azul, e azul sempre será.
Vejo o teu rosto refletido no espaço. Rosto desanuviado, inserido, nas palmas das carnaúbas. Agora que tudo é passado, te retiro, e te incrusto num álbum de retratos. 

 socorro moreira

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