por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 25 de setembro de 2011

O Pavão Pede Dons Aos Céus



Conta o fabulista grego Esopo, repetindo ensinamento de origem da Babilônia, que é repetido por Fedro em Roma, finalmente incluido por La Fontaine ( França ) em seu repertório... contam todos eles que um dia o Pavão se dirigiu aos deuses do Olimpo para pedir mais dons do que havia recebido.

"Oh! deuses imortais! Que injustiça fizestes comigo! Sou o artista do colorido, mas não tenho voz nem posso voar altaneiro nos céus! Dá-me algo assim como o trinado do rouxinol e a potência do voo da águia e serei o Rei dos palcos e dos céus!"

O Senhor do Ráio e do Trovão que distribui as benesses a todos, respondeu-lhe:

"Dei-lhe a plumagem mais enfeitada, como dei a canção do rouxinol e o voo potente da águia para cada um expressar sua individualidade e poder admirar as qualidades dos outros!"

Depois de muito irritar com sua insistência as potências celestes, ameaçando não exibir seu leque de penas, acabou merecendo um castigo:

"De agora em diante, abrirás teu leque para esconder teus pés que serão desde hoje os mais feios pés de ave que posso fazer!"

Por isso é que os pés do pavão destoam de seu conjunto e o pavão abre o leque de suas penas muitas vezes, escondendo os pés desarmoniosos. Os fabulistas tiram várias morais da fábula.

Todos, afinal dizem quase o mesmo, isto é, que todos nós somos diferentes, e é bom saber reconhecer as qualidades dos outros, sem inveja, e exibir as nossas, sem vaidade . Isso é o mínimo que se pode fazer para uma convivência sadia e harmoniosa com todos.
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Esopo - Fabulista grego do século VI d C.que teria vivido na Antiguidade, ao qual se atribui a paternidade da fábula como gênero literário.As Fábulas de Esopo serviram como base para recriações de outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine.

Fedro (em latim Phaedrus, 30/15 a.C. – 44/50 d.C ) foi um fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Coube a Fedro, quando iniciou-se na literatura, enriquecer estilisticamente muitas fábulas de Esopo, todas não escritas, mas transmitidas oralmente, isto é, serviam de aprendizagem, fixação e memorização dos valores morais do grupo social.

La Fontaine - Sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais.
La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna.
Fontes:
-http://pt.shvoong.com/books/childrens-literature/1832260-pav%C3%A3o-pede-dons-aos-c%C3%A9us
- Wikipedia
-Imagem - Google Imagem



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