Sim, há solidão alegre.
Aquela que nos estreita os laços
com nossos objetos de cada dia.
Que nos lança à plenitude
e coça nossos pés
e nos deixa livres
para nós mesmos.
Que bobagem ficar de mal da cafeteira
só por ela nos ter queimado o braço.
Que tolice insana ignorar um livro
apenas porque ele nos leva
a uma caverna escura
e fria.
Miséria é o homem que não beija
é a mulher que não beija
que se apartam da vida
sisudos, coléricos, fúteis
e acabam morrendo sufocados
por uma solidão, deus, tão triste.
Esta é uma solidão triste.
Aquela que nos estreita os laços
com nossos objetos de cada dia.
Que nos lança à plenitude
e coça nossos pés
e nos deixa livres
para nós mesmos.
Que bobagem ficar de mal da cafeteira
só por ela nos ter queimado o braço.
Que tolice insana ignorar um livro
apenas porque ele nos leva
a uma caverna escura
e fria.
Miséria é o homem que não beija
é a mulher que não beija
que se apartam da vida
sisudos, coléricos, fúteis
e acabam morrendo sufocados
por uma solidão, deus, tão triste.
Esta é uma solidão triste.
Um comentário:
A solidão tem humor
Rimos à toa
E soluçamos às vezes
No último capítulo de novela.
A solidão é um exercício de tolerância...
Aprendemos a amar
A nós mesmos.
De tanto pensar
Pulam soluções
Nas ações acomodadas
Solidão é uma espera
Que não olha o relógio
Mas conta os dias...
Tomara que chegue sábado
O fim do mês
O natal
E aquele dinheirinho extra
A solidão nos faz seletivos
Não nos maculamos
Em qualquer companhia
Esperamos deitados
Um novo poema
Num imenso vazio.
Solidão é o amor viajando
Sem comunicar a volta
Sem falar da saudade
Solidão é um canto...
É o canto
È viver na rota das estrelas
Perdida em contemplação
Sem desistir de entendê-las.
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