Quintana sempre me dizia
o amor é um rio vermelho de sangue
os caranguejos desovam nos mangues
os rios deságuam no mar
o mário é um poeta solitário
um dia vai pousar em teu aquário
e no outro vai nadar em pleno ar
o amor se esgota pelos mangues
caranguejos não têm veias nem sangue
os rios se evaporam pelo ar
o mário é um poeta centenário
um dia se esfinge solitário
e no outro se transborda pelo mar
jura secreta 14
eu te desejo flores
lírios brancos margaridas
girassóis
rosas vermelhas
e tudo quanto pétala
asas estrelas borboletas
alecrim bem-me-quer e alfazema
eu te desejo emblema
deste poema desvairado
com teu cheiro
teu perfume
teu sabor
tua doçura
e na mais santa loucura
declarar-te amor até os ossos
eu te desejo e posso
palavrarte até a morte
enquanto a vida nos procura
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